As pedras do caminho

Muito se escreveu sobre este “tal periódico”, humilde porém gigante e de conteúdo exemplar quando o assunto é Doutrina Espírita. Por ele passaram diversos trabalhadores, missionários, voluntários que fizeram florescer dentro de si sentimentos enraizados no amor e com muita disciplina para que fizessem deste jornal um rio caudaloso, emaranhado de conhecimento, respeito e admiração por ensinamentos que nós, seres terrenos, insistimos por diversas vezes não aprendermos. Portanto, se acomode melhor em sua cadeira, ajuste a tela de seu computador, ou então, caso esteja lendo via smartphone ou tablet, se ajeite melhor no sofá de sua sala ou talvez até em sua cama, mas continue com a gente e conheça ou até mesmo relembre, caso seja um velho amigo nosso, a história do humílimo trabalhador chamado Jornal O Imortal.

Tudo começou com Hugo Gonçalves e Luis Picinin. Foi na cidade de Cambé, interior do Estado do Paraná, que estes dois deram vida a mais uma obra. Enquanto se empenhavam no trabalho do Lar Infantil Marília Barbosa e no Centro Espírita Allan Kardec de Cambé - CEAK, havia uma outra missão por continuar, a divulgação da Doutrina Espírita. O Imortal circulou pela primeira vez no dia 25 de dezembro de 1953. Considerado um órgão de divulgação espírita do CEAK, após a escolha do nome outros colaboradores foram aparecendo. Hugo relembra que no início enfrentaram grandes dificuldades. Foi preciso muita coragem e força de vontade, afinal manter um jornal em uma cidade interiorana, que estava nascendo, e com uma única máquina impressora e ainda por cima obsoleta, não foi fácil. Os percalços foram vencidos e o jornal sobreviveu. Por alguns anos ele permaneceu assim, circulando com quatro páginas e muita dificuldade. Hugo sonhava em melhorar O Imortal, a sua apresentação e até mesmo aumentar o número de páginas. Vivia pensando nisso, mas não encontrava meios. Um dia, o telefone tocou, era Divaldo, direto de Salvador, dizendo que Cairbar Schutel lhe pedia paciência e que seu sonho se realizaria. Em julho de 1980, Hugo procurou Astolfo Olegário, que mantinha na ocasião coluna semanal sobre Espiritismo no Jornal Folha de Londrina e pediu-lhe ajuda. Ele disse: Dê-me um tempo.

O tempo passou e foram mais três anos de espera, até que um dia em 1983, quando Jornal completava 30 anos de existência, Astolfo apareceu trazendo sua resposta e os planos que resultaram na transformação do jornal que circulou nos mesmos moldes até outubro de 2018. Foram 65 anos ininterruptos de trabalho duro, dedicação e horas a fio de estudo a fim de que a qualidade doutrinária permanecesse intacta, ou melhor, em evolução à cada edição, até que em novembro de 2018 os velhos papéis coloridos em forma de tabloides, ganharam mais vida, mais interação, surgimento de novas seções como o “Espaço Jovem” e a “Poesia e Espiritismo”, ou seja, uma capacidade ilimitada na forma digital. Sim, a tecnologia bateu à porta do O Imortal dando continuidade à sua expansão, tal qual era desejo de Hugo.

Ainda tímido, o Jornal O Imortal deu início à suas atividades na era online em novembro de 2018, como já citado. Sua nova fase veio acompanhada de muitos porquês positivos, apesar de ainda encontrarmos leitores saudosos que relembram os bons tempos do papel e espalham aos “quatro ventos” o desejo do seu retorno, entretanto, o jornalismo on-line está inserido no cotidiano das pessoas, oferecendo uma alternativa para quem busca informações rápidas e cativando novos e antigos leitores. A informatização e a globalização fazem com que o mundo seja realmente uma “aldeia global” em que a quantidade e a velocidade de transmissão da informação ocorram de forma incrível, permitindo um aumento do alcance da informação e a troca de ideias. Neste quase 01 ano de funcionamento inteiramente digital, vale ressaltar que o jornal O Imortal é parte de uma “obra” muito maior, talvez um tamanho inimaginável, que você entenderá com o que lhe contarei a seguir. Devido a mudança, em apenas um ano, O Imortal passou de aproximadamente 550 leitores, para mais de 2.000 internautas espalhados pelo mundo. Eis os principais dados registrados pelo Google Analytics de 01 de novembro de 2018 à 30 de novembro de 2019:

  • Visitas ao website: 2.131 usuários
  • Continentes alcançados: 05 continentes
  • Países que já acessaram o jornal: 44 países
  • Cidades que já acessaram o jornal: 357 municípios
  • Dispositivo mais utilizado: Mobile

Nota-se, portanto, que o Jornal O Imortal alcançou 4x mais leitores do que na forma impressa. Um crescimento significativo para um jornal de uma cidade interiorana do Paraná. E nesta “onda digital”, o jornal entregou mensagens de amor, promoveu estudos de qualidade e todos alicerçados nas obras de Allan Kardec e nos ensinamentos de Jesus, bem como a divulgação de inúmeros trabalhos assistências e reflexões de nossos queridos articulistas e colunistas. A mudança, aprovada em reunião de diretoria do Centro Espírita Allan Kardec e do Jornal O Imortal, se deu por inúmeros motivos, desde ordem financeira, maior aproximação com nossos jovens, e a principal e mais aguardada necessidade, a de divulgar a Doutrina Espírita em larga escala, atingindo o máximo de irmãos e irmãs, de forma gratuita, assim como Jesus pregava aos pés do Monte. Talvez, um dia, o seu formato impresso retorne, mas até lá, te peço caro leitor, acompanhe sempre que quiser e puder o trabalho do O Imortal pela página www.jornaloimortal.com.br ou pelas redes sociais @jornaloimortal_oficial (Instagram) e @jornaloimortal (Facebook). Se você desejar ser contribuinte desta imensa obra, envie um e-mail para colabore@jornaloimortal.com.br com nome completo, endereço postal, e-mail, telefone fixo, telefone celular, CPF e data de nascimento, ou acesse o link da Revista O Consolador http://twixar.me/87q1 e veja mais informações. Sua contribuição irá ajudar na manutenção do Lar Infantil e o Centro Espírita Allan Kardec de Cambé.

“Estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação”. Portanto, permaneçamos firmes na missão laboriosa da divulgação e na construção de um mundo cheio de amor, compaixão e harmonia entre os povos, independentemente de classe, raça, crença religiosa ou cultura.

 

Estamos no caminho!



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