Lobisomem! Salve-se quem puder...
Olá, galerinha amiga, eu sou Turco.
Essa é minha irmãzinha Lilica.
Essa é minha prima Teca e
Esse, meu primo Telo.
SOMOS O QUARTETO DO BEM!!!!
Eu, Turco, irei contar para vocês algumas de nossas aventuras. Vamos lá.
Estávamos na “casinha da roça”.
Brincávamos de um lado para o outro. Jogamos bola. Desafiamo-nos na “ponte do rio que cai”, é uma forma divertida que chamamos um brinquedo do Telo, na verdade é um elástico que amarramos de uma árvore a outra e nos esforçamos para atravessá-lo. Mas..., não é fácil. Sinceramente, nenhum de nós até hoje conseguiu chegar no meio do caminho, mas a diversão é garantida.
Estava um dia muito gostoso.
Ah, também brincamos muito com “Titi” e “Mingau”, dois gatinhos que adotamos na casinha da roça.
Vendo nossa alegria, risadas e muita diversão, chegaram até nós Julita e Alice.
São duas amigas que moram em outra cidade e vez ou outra vêm passar alguns dias numa casa de roça próxima a nossa casinha na roça.
- Olá pessoal, tudo bem? Podemos brincar com vocês? - perguntou Julita, toda animada.
- Claro que podem, meninas, bora lá! - respondeu Teca, bem empolgada.
- Agora que temos mais gente, podemos brincar de “esconde-esconde”. O que acham? - perguntou Lilica, muito entusiasmada.
- Legal!!!- respondeu Telo.
- Mas está ficando noite. Não é perigoso? - alertou-nos Teca.
- Nãoooo. Perigoso por quê? - disse Telo, inconformado com o comentário da irmã.
- Ok. Então tá. Vamos começar. -dei uma incentivada.
Alice sugeriu tirarmos na pedrinha quem faria a contagem, enquanto os outros se escondiam e assim fizemos.
- Ahhhhhhh, sobrei!!!
- Ok, galera, escondam-se que irei contar até 50.
1,2,3,4,5, 6…a contagem havia se iniciado. Só se escutava correria pra cá e pra lá. Era a turma buscando um bom esconderijo. Eu sou bom em achar os “escondidos”.
- 50! Lá vou eu, quem escondeu, escondeu, quem não escondeu, beleléu.
Saí à procura da galera. Aos poucos ia encontrando um, outro, algum me tapeava e conseguia se salvar.
- Lilica salva 1,2,3. - disse Lilica, sentindo-se vitoriosa.
- Peguei você! Telo pego 1,2,3.
- Gente, cadê Alice e Julita? - perguntou Teca, olhando de um lado para o outro.
- Verdade! Onde elas se esconderam? - Telo perguntou também, intrigado.
Procuramos e nada. De repente, escutamos uns gritos e vimos Julita e Alice vindo em nossa direção, numa correria só.
- Corram, corram, lobisomemmmmmmmm. Passou Alice gritando e sumindo de vista.
Atrás vinha Julita, na mesma toada. - Corrammmmm!!!!
Quê? Lobisomem? De onde essas meninas tiraram isso?
- Nossa, quem ou o que está vindo correndo??? - perguntou Lilica, sem entender nada.
Quê? Meu Deus!!!! Quarteto, corraaaaaaaammmmmm. Gritei apavorado também.
Corremos e corremos e o que estava atrás de Alice e Julita passou a estar atrás de nós, agora. Corremos até chegar ao Papai Guto e Tio Jonas, que estavam cuidando da horta da casinha da roça.
- Papai, papai!!!! Gritávamos todos.
- O que houve, crianças? - perguntou tio Jonas.
- Lobisomemmmmmm.... - gritou Telo, apavorado.
Escondemos na casinha dos fundos da casinha da roça. Não conseguíamos ver muito ao certo quem ou o quê chegava até papai e tio Jonas. Ouvimos uns passos, uma conversa e, de repente, um silêncio.
- Meu Deus, será que o Lobisomem pegou papai e tio Jonas? - falou Lilica, tremendo inteira.
Passado um tempo...
- Crianças, podem sair - disse papai Guto. - Está tudo bem, venham aqui conhecer o sr. Maicon Jéquison.
Saímos, ainda assustados.
- Esse senhor disse que estava em sua casa, fazendo gargarejo, pois está com a garganta irritada e doendo, quando escutou um barulho e, ao abrir a porta da sua cozinha e sair no quintal, deparou-se com duas meninas que saíram em disparada gritando: “lobisomemmmmm...” - explicou papai Guto.
- O senhor Maicon Jéquison não gosta que o chamem assim, por isso ficou bravo e espantou as meninas - concluiu tio Jonas.
- Crianças, peçam desculpas para o sr. Maicon Jéquison - falou papai Guto.
- Desculpa, sr. Maicon Jéquison - falamos em coro.
Maicon Jéquison, meio chateado ainda, foi-se embora.
Papai Guto nos chamou para perto e nos disse que não podemos nem entrar na casa das pessoas sem permissão e muito menos julgá-las pelas aparências, que devemos respeitar uns aos outros.
- Ninguém gostaria de ser chamado de lobisomem, principalmente o sr. Maicon Jéquison, que disse que desde criança sofre preconceitos por conta de sua aparência e cor da pele. Aparência esta de que ele gosta de ter e se sente bem, mas que as pessoas não o respeitam - falou papai Guto, sempre atencioso.
- Devemos dar aos outros o mesmo respeito que exigimos para nós. Não é isso que Jesus nos ensinou? - reforçou tio Jonas.
Todos concordamos e voltamos a brincar. Julita e Alice não voltaram. Devem ter-se assustado mesmo!
A lição de hoje é: O homem de bem “é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque vê todos os homens como irmãos.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII, item 3”).
Valeu, amiguinhos, até a próxima!
Assista esta animada historinha pelo link https://youtu.be/GVKvTUhIN9s e não se esqueça, compartilhe com seus amiguinhos e amiguinhas!!
Grande lição...