Rememorando

O ano passou rápido demais! Isso não é uma ilusão. Esta percepção está atingindo uma gama enorme de pessoas. Cientistas estão tentando entender o que se passa. Talvez um acelerar devido à energia que se vai tornando mais etérea, menos densa, pois a percepção de rapidez é grande, mas o dia continua tendo 24 horas e o ano continua com 365 dias. A impressão que temos, no entanto, é que o tempo está passando depressa demais!

Todos falam, de lado a lado do planeta, das mudanças energéticas que estão ocorrendo, o que nós espíritas conhecemos como parte do processo que levará à regeneração planetária. Diz-se que até mesmo o planeta se modifica.

E nós, como estamos? Temos conseguido aproveitar bem o tempo, que passa tão rápido? Estamos entendendo o chamamento de Jesus para a hora presente e a grande oportunidade que temos com os ensinamentos espíritas?

“Muito será pedido a quem muito foi dado”, todos nós conhecemos isso. Estamos melhorando? Temos sabido usar o Evangelho de Jesus para a nossa mudança para o amor, para a tolerância, para a paz?

Temos repetido muito aos espíritos socorridos em nossas reuniões mediúnicas que a hora agora é a hora da paz, que Jesus derrama seu amor em intensidade crescente na Terra e a hora é de viver o bem, o amor, o perdão. Isso vale para todos nós.

Recordamos do livro No Mundo Maior, psicografado por Chico Xavier, do espírito de André Luiz, um momento de reflexão.

André se reporta a um dia, numa clareira, sob a luz do luar, aqui na crosta da Terra, num momento de sono da maioria dos habitantes do planeta, em que inúmeros espíritos, ainda encarnados,  aproveitavam o período do sono para aprender. A eles, naquela noite, falaria o respeitado instrutor Eusébio. Cerca de mil e duzentas pessoas encarnadas, de diversos credos espiritualistas se encontravam presentes ali, na hora do repouso do corpo físico.

André Luiz, outrora médico na Terra, observava e pensava: “que teria eu realizado no mundo físico, se recebesse, em outro tempo, aquela bendita oportunidade de iluminação? Aquele punhado de mortais, sob os raios da lua, afigurou-se-me assembleia de privilegiados, favorecidos por celestes numes. Milhões de homens e mulheres a dormir em cidades próximas, algemados aos interesses imediatos e ansiando a permuta das mais vis sensações, nem de longe suspeitariam a existência daquela original aglomeração de candidatos à luz íntima, convocados à preparação intensiva para incursões mais longas e eficientes na espiritualidade superior. Teriam a noção do sublime ensejo que lhes aprazia? Aproveitariam a dádiva com suficiente compreensão dos valores eternos? Marchariam desassombrados para a frente, ou estacionariam ao contato dos primeiros óbices, no esforço iluminativo?”

Aproveitamos esse trecho para avaliarmos a grande oportunidade que nos é dada por nossos mentores e por Jesus, para o conhecimento do Espiritismo. Estamos sabendo usar em benefício nosso e de nossos semelhantes os bens que recebemos? Estamos melhorando?

Há que nos olharmos com honestidade. Verificarmos o que fomos e como estamos. Uma grande análise íntima. Necessário humildade para esse olhar. O momento é agora. Não pode mais ser adiado.

O tempo está passando rápido e a vida é breve. Mais um ano se finda e é momento de reflexão sobre o tempo que passou. Melhoramos? Se sim, ótimo, aproveitamos o tempo. Se não, ainda é tempo. Jesus aguarda por nós. No Natal que chega, mais intensamente recordemos o doce Mestre de Nazaré e ouçamos o seu convite de amor, para nós lançado há tantos séculos. Agora é hora de exercitar o bem. Hora de amar. Hora de crescer.

Que um dia, ao chegar nossa despedida da carne, com a desencarnação, possamos pensar diferente de André Luiz. Quanto bem pudemos fazer com a bendita oportunidade de iluminação! Recebemos muito.  Que Deus nos ampare no bom propósito da autoiluminação.

Um ano se finda, outro vem. Aqui estamos. Façamos por nós o melhor. Que sejamos postes de luz, humildes seareiros de Jesus, com muita vontade de melhorar.

Paz a todos! Que o Natal nos encontre com Jesus assim como o tempo de nossas vidas!



Comentário

0 Comentários