A partida de um ícone
Dia 13 de maio, simbólica essa data para a desencarnação de Divaldo Pereira Franco, um missionário do bem, mensageiro da Paz, escravo do Senhor. Como Maria, quando jovenzinha disse a Gabriel que era a serva do Senhor, Divaldo Pereira Franco foi um trabalhador do bem, que serviu à causa do amor até o final, um escravo que se deu de bom grado à tarefa e foi libertado do jugo da matéria aos 98 anos de idade.
Embora nem todos o conhecessem pessoalmente, ele era conhecido por milhares, que o amavam pelo significado de seus ensinamentos e pelo seu amor ao próximo. Muitos agora sentem a sua ausência.
Não era uma unanimidade. Falava sempre da necessidade de sermos um verdadeiro espírita, um verdadeiro cristão e nem todos estão dispostos a isso. Há aqueles que gostam das querelas, que gostam de fomentar discórdias. Foi muito combatido por muitos, mas reconhecido por milhares.
Deixou orientações lúcidas e amorosas para aqueles que o puderam ouvir. Que palestras maravilhosas brindava ao seu público, ora fazendo rir, ora fazendo chorar de emoção! Temos que reconhecer: era o mestre das palavras.
Foi muito justo o título da obra de Suely Caldas Schubert, “O Semeador de Estrelas”, que aproximou muito as pessoas do médium, ao narrar histórias de sua vida, tornando-o mais próximo, revelando dores e alegrias, mostrando um trabalho intenso de amor.
E que dizer das obras psicológicas de Joanna de Ângelis, sua mentora espiritual? São um verdadeiro trabalho de psicoterapia para aquele que bem as aproveitou.
Os livros que tratam de episódios da vida de Jesus, por Amélia Rodrigues, são excelentes elucidações daqueles tempos que se foram, mas que continuam presentes. Os de Manoel Philomeno de Miranda são compêndios de orientações.
Todos os livros, que, sim, foram muitos, cerca de 263 publicados. Não teríamos como colocar aqui todos os autores espirituais, por isso registramos apenas alguns.
Fez conferências em 71 países, recebeu títulos de cidadão honorário, mais de 80.
Uma inteligência brilhante a serviço de Jesus.
Adotou 650 filhos na Mansão do Caminho, que fundou em Salvador. Tinha cerca de 200 netos. Nunca se casou, porque se casou com o Espiritismo.
Sua mediunidade era intensa, tendo socorrido a milhares com ela. Suas histórias, contadas por ele em suas palestras, com referência a fatos mediúnicos vivenciados por ele, eram emocionantes e elucidativas.
Em dezembro de 2019 foi lançado um filme sobre ele, Divaldo, o Mensageiro da Paz, cuja produção ele verificou e acompanhou, para tudo sair a contento. Um filme brasileiro que vale a pena ser visto, com orientações de vida e de amor ao próximo.
Foi muito combatido, mas também foi muito amado.
Incansável, falava de Jesus e do amor, do Espiritismo, da Ciência da Psiquiatria, uma memória que seria, como muitos o disseram, memória fotográfica, que de nada esquecia.
Os que o ouviram e aprenderam, os que presenciaram sua tarefa o saúdam no seu retorno à pátria espiritual.
Nos dias subsequentes ao seu desencarne, ouvimos de muitos, de diversos credos religiosos, que se sentem órfãos...
O amor realmente cativa.
Foto: Mansão do Caminho
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