À procura da paz

Desde os tempos de Jesus que a Humanidade ouve sobre a necessidade de vigilância e oração.

Intensificam-se os pedidos da espiritualidade superior nesse sentido, nesta hora em que tanto ouvimos falar de transição planetária para um mundo de regeneração, para um mundo melhor.

À primeira vista, parece-nos o contrário. Numa avaliação superficial, poderíamos pensar que o mundo retrocedeu, pois estamos vendo injúrias e violências grassando em toda a parte. Guerras e rumores de guerras...

Especialistas em educação preocupados com o egoísmo recrudescendo, num momento em que os relacionamentos virtuais estão intensificados demais, chegaram a conseguir a proibição do celular nas escolas no Brasil e referem melhoras intensas nos relacionamentos interpessoais de crianças e jovens.

Na questão 917 de “O Livro dos Espíritos” os espíritos relatam que de todas as imperfeições humanas a mais difícil de desenraizar-se é o egoísmo, porque ele se prende à influência da matéria, da qual o homem, ainda muito próximo de sua origem, não pode se libertar, e essa influência concorre para sustentá-lo – suas leis, sua organização social, sua educação.

Dizem-nos os Instrutores espirituais que o egoísmo se enfraquecerá com a predominância da vida moral sobre a vida material.

Ficar na solidão, num mundo virtual, é como ser um eremita dos tempos atuais, dentro de sua caverna particular.

É mais do que tempo de a humanidade vestir-se de coragem e cada qual enfrentar o inimigo em si mesmo. Precisamos dar um final às guerras que flagelam o orbe. Ele é a nossa única morada.

Aumentemos nossa vigilância nesta hora de dores imensas que vemos e os espíritos nossos irmãos, rebeldes, revoltados, insistindo ainda em manter a humanidade no atraso das emoções, por não compreenderem que a finalidade da vida é a evolução e que, para isso é preciso amar, vigiar nossos pensamentos, estarmos atentos à nossas emoções, para que nenhum sentimento negativo nos empane, considerando que a espiritualidade nos conclama a olhar dentro de nós mesmos e melhorarmos um tanto mais.

A paz deve vir de dentro de nós e para isso é preciso coragem de mergulharmos o mais profundamente possível no universo de nós mesmos. Melhorar. Buscar a paz integralmente, de modo que, se o exterior estiver alterado, aquele que tem paz não se deixe alterar.

Hoje sabemos que, embora não pareça, estamos muito melhores. Analisando superficialmente, parece que não. Olhando o todo, vemos hoje tudo melhor, sim. A ciência desenvolvendo-se e a medicina com possibilidades surpreendentes de cura. Pessoas solidarizando-se umas com as outras e tentando fazer o melhor de si mesmas para socorrer as dores de seus irmãos. Tentativas de se acabar com as guerras; leis que surgem para auxílio de quem sofre. Mulheres e homens com os mesmos direitos. Pais jovens participando do crescimento e educação de seus filhos, desejosos que sejam pessoas boas. Cuidados com a natureza, embora sempre haja alguém que se deixou levar pela ambição e destrói.

Tudo melhora. Precisamos enxergar.

Retiremos de nossos olhos as vendas que nos toldam a visão e vejamos que precisamos promover a paz em nós. O mundo há de melhorar. Mantenhamos esperanças. Vigiemos. Oremos.



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