Bons Espíritos

Quando em dificuldade, assinalas, contente, a mão que te oferta auxílio espontâneo.

Se sofres, adquires ânimo novo, perante alguém que te reanima.

Doente, sabes ser reconhecido a quem te socorre.

Em erro, apresentas-te renovado, diante daquele que te apoia o reajuste, sem recorrer à condenação.

Solitário, encontras a presença do amor no companheiro que te dirige a boa palavra.

Sabes que te enganas muitas vezes, apesar do teu devotamento à verdade, e que, em muitas circunstâncias, pareces abraçar a ingratidão e a agressividade, não obstante o propósito de honrar a justiça, e, por esse motivo, dignificas todos aqueles que te estendam bondade e compreensão.

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Respeitas quem te não dá prejuízo.

Admiras quem não te fere as convicções.

Estimas a quem te ajuda sem perguntar.

Abençoas a quem não te cria problemas.

Agradeces a quem te aprecia a nobre intenção.

Em suma, recolhes reconforto e felicidade junto de todo aquele que te aceita como és, amparando-te as necessidades sem exigir-te certificados de perfeição e exames de consciência.

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Pelo auxílio que recebes, conheces, perfeitamente, o auxilio que podes prestar.

Identificarás, assim, facilmente, a condição do amigo desencarnado.

Se ele deseja comunicar-te o bem a que aspira, em favor de si mesmo, não permitirá que faças ao próximo aquilo que não queres te seja feito.

O bom Espírito, por isso, não é somente aquele que te faz bem, mas, acima de tudo, o que te ensina a fazer bem aos outros para que sejas igualmente um Espírito bom.


Do livro Seara dos Médiuns, cap. 51, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



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