Luzita Pedroso (Maria da Luz Silva Pedroso)

Desencarnou em 24 de fevereiro de 2015, aos 83 anos, Maria da Luz Silva Pedroso, mais conhecida no meio espírita como Luzita Pedroso. Seu corpo foi velado na sede do Movimento Assistencial Espírita e enterrado, no dia seguinte, em Rolândia, acompanhado pelo carinho de familiares, amigos, vizinhos e das pessoas que ela tanto ajudou durante toda a sua existência.

Luzita, como era mais conhecida, nasceu em Curitiba, em 14 de setembro de 1931, filha de Francisco Pereira da Silva e Maria Augusta Freitas da Silva, primogênita entre os irmãos: Helenita, Sueli e Luiz, já desencarnado. Casou-se em 3 de julho de 1953, em Curitiba, com o médico Dr. Luiz Carlos Pedroso. Uma semana depois, transferiu-se para Rolândia, onde permaneceu quase a vida inteira e onde, pelas mãos de seu esposo, nasceram Waldemiro, Liane, Luzita e Luiz. Ao desencarnar, deixou catorze netos e quinze bisnetos.

Luzita, juntamente com seu marido, tornou-se espírita em 1975, através das mãos de Hugo Gonçalves, de Cambé, PR. Fundou, em participação com amigos de Rolândia, três centros espíritas: a Sociedade Espírita Maria de Nazaré, o Movimento Assistencial Espírita- MAE e a Casa Espírita União. Fundou, ainda, diversos grupos de estudos em Apucarana, Londrina e Curitiba. Luzita era palestrante e médium com faculdades de vidência, audiência, psicografia e psicofonia.

Em sessão solene, conduzida pelo Presidente da Câmara de Vereadores de Rolândia, Sr. José Danilson A. de Oliveira, recebeu no dia 19 de março de 2005 o título de Cidadã Honorária daquela cidade. Um público de mais de trezentas pessoas lotou as dependências do Centro Cultural Nanuk.

A tribuna foi unânime em afirmar, na voz de todos os que dela fizeram uso, que o trabalho de amor de Dona Luzita, em beneficio do próximo, é a maior prova de que somos luz da Criação e que, com dedicação e espírito fraterno, se pode transformar o mundo.

Em 2008, ela contraiu um câncer linfático que, juntamente com uma fratura de quadril, muito a debilitou, a ponto de seu médico liberar seu retorno a casa para, segundo ele, desencarnar em seu lar. Mas, com muita vontade de viver, ela superou o câncer e a fratura (sem cirurgia) e voltou a se estabilizar, com a ajuda dos amigos de ambos os planos.

Nos momentos mais críticos, no Hospital do Câncer, quando era aguardada sua partida, ela disse a um dos filhos, com voz fraca, que não morreria de câncer e, sim, do coração, o que, naquele momento, parecia pouco provável. Passaram-se sete anos de luta monitorando o câncer, que se mantinha estável, até que em janeiro de 2015 sofreu fratura de fêmur. Novamente, mostrou sua vontade de lutar, suportando a cirurgia, dias de UTI, recuperando-se em Curitiba na residência do filho mais velho.

Passado um mês da cirurgia, desencarnou, em decorrência de parada cardíaca. Cumpria-se assim o que ela havia dito sete anos antes: que desencarnaria em função do coração e não do câncer, que se mantinha estabilizado. No dia anterior ao desenlace, despediu-se do filho: - Meu amor, estou muito cansada, preciso voar! Na manhã seguinte, pouco depois das seis horas, deu seu voo maior, retornando à Pátria Espiritual, onde, certamente, continuará a trabalhar pelo círculo afetivo que construiu nesta existência.

Segundo informações de Amigos Espirituais, Luzita despertou, no plano espiritual, ainda muito debilitada, nos braços de sua mãe, acompanhada de perto pelos grandes amores: seu pai, o marido, e o paizinho Hugo, entre outros. Abriu os olhos, teve um leve susto ao revê-los e, em seguida, esboçou um lindo sorriso! Segundo a mesma fonte, os Amigos Espirituais ligados às três Casas Espíritas de Rolândia, que ela ajudou a fundar, aguardavam o momento oportuno para saudá-la e homenageá-la.

Fonte: Texto de Célia Xavier de Camargo publicado em O Imortal de março de 2015.



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