Permanecer na rocha

”Todo aquele que ouve as palavras que eu digo e as pratica será comparado a um homem sábio, que construiu sua casa sobre a rocha, e logo que a chuva caiu, e que os rios transbordaram, que os ventos sopraram e se abateram sobre essa casa, ela não tombou, porque estava fundada sobre a rocha.” - Jesus (Mateus, cap.7, v. 24 a 27; Lucas, cap.6, v.46 a 49.)

Humberto de Campos, espírito, em psicografia de Chico Xavier, no livro “Boa Nova”, brinda-nos com um prefácio de muita beleza. Diz ele ali que não cogita mais de crer, porque sabe. E que o mestre de Nazaré polariza igualmente suas esperanças. Lembrou-se ele de que certa feita, conversando com amigos protestantes, esses se referiram a Jesus como “a rocha dos séculos”. Sorriu e passou, aqui no mundo. Desencarnado, porém, já não podia mais sorrir, nem passar. Sentia a rocha milenária, luminosa e sublime, que nos sustenta o coração, atolado no pântano das misérias seculares. Jesus percebeu que no vaso imundo de seu espírito penetrou uma gota de seu amor, desvelado e compassivo. O homem perverso, que chegava da Terra, encontrou o raio de luz, destinado à purificação de seu santuário.

Disse Humberto de Campos que Jesus amparava seus pensamentos, com sua bondade sem limites. Como Bartolomeu, disse ele, já possuía o bom ânimo para enfrentar os inimigos de sua paz, que se encontravam nele mesmo.

Temos ouvido muitos relatos de dor. O inimigo interno ruge, tirando a paz do espírito reencarnado, numa trajetória de crescimento espiritual.

Muitos casos de obsessão, atingindo familiares queridos de trabalhadores do bem. Internamente, estão abrindo oportunidades na invigilância para ataques externos, de espíritos desejosos de provocar dor. Essa é enorme, pois quem não sofre ao ver um ser amado sofrendo?

Espíritos desencarnados que ainda não entenderam o amor atacam sem piedade, em processos graves de obsessão, os queridos dos trabalhadores do amor na Terra. Estão atacando a todos os que se dedicam ao bem e buscam seguir a Jesus. Num processo insano, agindo como se estivessem numa batalha desenfreada, em guerra, atacam. Chegam a dizer que estão em guerra contra o Cristo, atingindo seus trabalhadores.

Ilusão deles! O amor não guerreia, serve seguindo no bem e tentando auxiliar os sofredores. O amor conquista!

Ainda lembramos, até hoje, uma jovem senhora, que há 4 anos nos contou como seu pai a educara na infância. Tinha ela então 8 anos. Ela e sua amiguinha haviam brigado. Seu pai estranhou quando ela lhe disse que a amiga não era mais amiga. Haviam brigado. Ele não falou nada, diante da informação. Foi com ela para uma chácara colher frutas. Separou os abacates mais bonitos. Colocou-os numa caixa e lhe pediu para levar para a amiga. Ela não queria, mas ele a instou a fazer isso. Leve-lhe de presente, disse ele. A menina, ao receber o presente, empalideceu. Balbuciou um obrigada e se retirou. Quando a filha retornou, ele disse simplesmente: Minha filha, a vitória é de quem conquista!

Grande pai!

Já contamos esta história, mas a repetimos, pois realmente é assim que se deve agir. A vitória é de quem conquista! Quem hoje age com truculência deveria aprender essa lição que o pai ensinou a essa jovem.

Não estamos em guerra! Eles pensam que sim, pois assim é sua vivência. Falta-lhes amor. Atacam, quando deveriam aprender a amar. Cabe àqueles que se sentem atacados retribuir com amor e misericórdia, pois assim devem agir aqueles que se dizem seguidores do Senhor.

O amor conquista e assim deve ser. Ensinamento pelo exemplo! Viver com caridade na alma e perdão nas atitudes. Viver o amor. Um dia, os que hoje atacam despertarão e se renderão ao amor.

Por enquanto, aqueles que se sentem atingidos, que derramam lágrimas de dor, devem procurar em sua fé a rocha.

Jesus é a rocha dos séculos. Ela sustenta e a tempestade não derrubará aquele que se encontra com a casa sobre a rocha.

Momentos de dor estamos vivendo. Animosidade e truculência, com injúrias e violências, mesmo entre encarnados!

Cabe ao trabalhador de Jesus manter-se confiante de que Deus está no comando. Lembremos Jesus, que com coragem soberana triunfou num sacrifício extremo, sem revolta.

Que coragem, meus irmãos!

Ele é nosso modelo e guia. Devemos lembrar sua vida e seus exemplos o tempo todo, principalmente quando as aflições baterem à nossa porta. Ele suportou. Depois, com imensa beleza, veio mostrar a seus apóstolos que a vida é imortal e que aquele que perseverasse até o final seria salvo!

Assim é, ainda hoje. Perseveremos até o fim, não importam os ataques que soframos. O bem há de vencer! E, como disse o apóstolo Paulo:  - Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem!

É hora de todos se lembrarem disso e unidos fraternalmente exercitar a caridade. Amar até mesmo aqueles que ainda não conhecem o amor e fazem nossos queridos sofrerem! Respiremos fundo e façamos como Joana de Cusa, quando o soldado romano tripudiava de sua dor, pondo, no poste de martírio, o fogo primeiro em seu amado filho. Zombando, em pergunta, dirigiu-lhe a palavra, perguntando se seu Jesus apenas lhe tinha ensinado a morrer. Ela, a olhá-lo com imenso amor, calou-o respondendo simplesmente, que Jesus lhe ensinara a amá-lo!

Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos eis o segundo! Palavras do Espírito da Verdade, que devem ser inspiradoras para todos nós.

Sejamos verdadeiros espíritas. Sejamos cristãos!

As dores passam. Tudo passa. O espírito, com suas conquistas, permanece. Permaneçamos, buscando as virtudes eternas, perdoando sempre e exemplificando um tanto mais. Um dia, a paz chegará!

Aqueles que atacam os trabalhadores do bem não terão mais argumentos para prosseguirem nessa jornada inglória, pois reconhecerão seus erros e o amor os atingirá!

Prossigamos todos, perseverando com Jesus até a vitória completa do bem na Terra!



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