Pílulas gramaticais (Setembro de 2021)

Atendendo a pedidos, voltamos a falar sobre o emprego da vírgula.

Em grande número de casos, as vírgulas exercem papel de parênteses. Ora, aberto o parêntese, devemos depois fechá-lo.

Veja este exemplo:

- O professor (conforme a orientação recebida) entrou e encarou seus alunos.

O texto ficará, portanto, redigido assim:

- O professor, conforme a orientação recebida, entrou e encarou seus alunos.

A vírgula é empregada também para separar certas conjunções que aparecem intercaladas na frase: todavia, contudo, porém, pois.

Eis alguns exemplos:

•  A casa que comprei não pôde, porém, ser habitada até hoje.

•  A carta que lhe enviei não chegou, todavia, ao seu destino.

•  Naquela tarde, contudo, a chuva atrapalhou os dois times.

O emprego da vírgula é de lei nas orações adjetivas explicativas, que aparecerão obrigatoriamente entre vírgulas.

Exemplos:

•  O Palácio Alvorada, que é a residência oficial do presidente, acabou de ser reformado.

•  O jogador Neymar, que atua hoje no PSG, foi revelado pelo Santos.

•  O romance Renúncia, que foi escrito por Emmanuel, retrata a vida de Alcíone.

Se a oração adjetiva for restritiva, não caberá a vírgula.

Exemplos:

•  O carro que comprei no mês passado é da marca Ford.

•  O jogador que o Flamengo não quis chama-se Williams.

•  O negócio que fechei ontem foi bem vantajoso.


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Admite-se o emprego da vírgula no fim da oração adjetiva restritiva quando esta for constituída por dizeres muito longos.

Exemplo:

O homem que fundou no século passado os diversos povoados ao longo do Rio das Velhas, deixou seu nome marcado na história.



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