Serviço, humildade, caminho - Rogério Coelho

O serviço respaldado na humildade é o caminho mais curto da alforria espiritual

"Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns dos outros." - Jesus.  (Jo., 13:14)

Senhor e Mestre, Jesus nunca perdeu uma oportunidade sequer para ensinar às criaturas terrestres o caminho da emancipação espiritual.

Ensinando e agindo em insofismável simetria, Seus atos sempre estiveram coerentes com Seus ensinos. Invariavelmente Suas palavras eram adubadas pelos Seus exemplos, por isso eram plenas de autoridade e singularmente formosas.

Somente o serviço ao próximo respaldado pela humildade, poderá compor a equação cujo corolário é a descoberta do caminho para a meta espiritual que nos está assinalada.

Antes da festa da Páscoa, (Jo., 13:1 a 20) sabendo Jesus que já era chegada a Sua hora de passar deste mundo para o Pai, quis deixar registrado de forma indelével o “modus-operandi" capaz de levar-nos na direção da alforria espiritual, exemplificando de forma simultânea o serviço e a humildade.

Levantou-Se da ceia, tirou os vestidos e, tomando uma toalha, cingiu-Se. Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés dos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. Em seguida, falou aos perplexos seguidores da Boa-Nova: "vós me chamais Mestre e Senhor e dizem bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns dos outros.  Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”.

Atentemos que para lavar os pés de Seus discípulos, Jesus primeiro cingiu-Se com uma toalha e dobrou-Se, ajoelhando-Se. É significativa a essência desses gestos: ao cingir-

Se mostrou-nos que devemos estar presos, envolvidos, cingidos aos trabalhos perseverantes em favor do próximo e ao dobrar-Se exemplificou a humildade que deve acondicionar nossa vida de relação. 

Serviço e humildade constituem-se, portanto, importantes e indispensáveis elementos da equação da vida que ensejará a localização da saída dos círculos viciosos das reencarnações expiatórias. É o que formalmente Jesus chamou de "porta estreita” que ao ser atravessada permitirá o acesso às pastagens espirituais nas alcandoradas e sublimes regiões do Infinito.



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