Amizade e fraternidade

A tarde fria de Curitiba pedia um chá quente, no aconchego dos nossos lares. E enquanto aguardava a minha amiga cuja amizade vem de longa data, eu refletia na bênção da fraternidade. E nesta reflexão, pensei comigo:  Essa amiga que eu estava esperando às 16 horas da tarde, eu a considerava mais do que irmã. E quando nos lembramos dos laços de família, mencionados nas obras de Allan Kardec ou nos livros escritos por André Luiz, sob tantos aspectos, a maioria enfocando a reencarnação a famílias, eu me senti mais ainda abençoada pelos acontecimentos que me trouxeram de retorno ao Brasil, 7 meses atrás. 

Meu Deus! Já se passaram 7 meses, e parece que foi ontem. A mudança de vida em nossas existências, mudança de país, mudança de circunstâncias, são amenizadas pelas presenças fraternas de amigos e amigas. E a gente quase nem para a fim de pensar nisso.

Bendita tarde de reflexão!

Para escrever esta crônica sobre a valorização da amizade, dedicada aos nossos amados e fraternos amigos leitores de nosso jornal “O Imortal”, me servi da internet para trazer o significado social e filosófico da fraternidade:

“Fraternidade é o laço de união entre os homens e mulheres, fundado no respeito pela dignidade da pessoa humana e na igualdade de direitos entre todos os seres humanos.”

Essa palavra linda tem sido usada para denominar tantas campanhas, associações, sociedades, pois ela resume o que todos queremos ser: fraternos.

Amizade, segundo busca na internet, em sua definição filosófica e social:

“Amizade significa um estado de ser amigo ou amiga; relação amigável, ligação a uma pessoa, ou entre pessoas; afeição decorrente de estima recíproca e de boa vontade; simpatia; boa vontade. Uma amizade verdadeira é uma relação que pode sobreviver ao teste do tempo e continuar a ser incondicional.”

Graças à internet, hoje em segundos temos as respostas às nossas buscas, e é só selecionar e ter coerência nas informações a serem passadas, multiplicadas.

“A amizade, no enfoque espírita, não consiste tão somente numa afeição autêntica, mas também numa síntese da caridade, conforme o espírito Emmanuel: Caridade é, sobretudo, amizade. Para o triste – é a palavra consoladora. Para o mau – é a paciência com que nos compete ajudá-lo. Para o desesperado – é o auxílio do coração.”

Seguramente a caridade é parte na formação desse vínculo de amizade. Os bebês em berçários, os pequeninos em creches e orfanatos, se não forem tratados com a energia do amor, da caridade, da amizade recíproca, serão apenas como máquinas recebendo óleo quando estão rangendo, ou gasolina na máquina para realizar o trabalho... O sentimento é parte integrante entre os relacionamentos. Sentimento de amor, de fraternidade, de amizade, de caridade, renovam os vínculos dentro e fora das famílias.

Ouvimos muitas vezes familiares dizendo que um dos componentes parece não pertencer à família, mesmo sendo consanguínea. Isso é uma verdade, pois eu mesma já tive esses sentimentos, mas graças a Deus, a família espiritual que formamos começa com os amores não correspondidos, familiares não maduros espiritualmente para entender, e se somos nós, que temos um pouco do entendimento sobre os laços de família e a parentela espiritual e corporal, podemos desde já olhar com amor todos ao nosso redor, dentro e fora da família física, preparando-nos para o grande  momento de ampliar nossa família espiritual, que começa lá na fraternidade, na amizade e se solidifica com os laços eternos em qualquer ponto do mundo, quer aqui, quer em terras de além-mar.


Elsa Rossi, depois de viver por 25 anos no Reino Unido, onde presidiu por 12 anos a federativa espírita britânica, reside na cidade de Curitiba, Paraná.



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