Ano Novo

Os anos se sucedem sempre na mesma contagem dos dias. As pessoas, no entanto, sentem como se tudo estivesse mais célere e o tempo transcorresse mais rápido. Como numa ampulheta, a areia cai rapidamente e o tempo passa. Foi assim com o ano que terminou. Muitas dores enfrentadas no mundo, mas graças a Deus nenhuma situação de guerra declarada, embora tenhamos observado inumeráveis focos de discórdia, Terra afora. De modo geral, foi um esforço para se conter a Covid.  Solidariedade acentuada entre todos.

Foi muito gratificante ver a caridade, o amor ao próximo se difundir, embora por outro lado tenhamos visto tantos refugiados fugindo de conflitos e da miséria. O mundo tem disparidades enormes. Riqueza e miséria, sombra e luz, amor e ódio, conflitos e paz, doçura e violência, ou seja, virtudes e defeitos.

Como um observador neutro de tudo se inteirando, vemos que muitas dores foram vividas, muito amor foi sentido, muito aprendizado conquistado. As dores são degraus de subida, quando enfrentadas com resignação e amor a Deus. Baseados nisso, vemos a resignação e a revolta por toda a parte. Entenda-se bem, resignação não é conformismo, acomodamento, amolentação. Resignação é ter paz nas adversidades, após esforços hercúleos para vencer as dificuldades.

O mundo passou por esforços heroicos, individuais ou coletivos. Muitos brilharam no amor, no altruísmo, na solidariedade. Muitos se revoltaram. Muitos aprenderam lições, outros tantos necessitarão de experiências mais difíceis. É questão de maturidade o modo de vivenciar as situações.

Que esperar do ano que se inicia? Por certo, como de praxe, aguardaremos com esperanças um novo alvorecer, um novo ano. Não será, porém, um passe de mágica. As coisas não melhoram apenas com a mudança de calendário. Há que melhorar-nos portas adentro do coração. A mudança do calendário não deveria importar, mas sim a mudança moral que urge.

Evangelizar o espírito, crescer a cada dia com vontade de se tornar melhor, de vencer não aos outros, em competições intensas, mas de vencer a sim mesmo, eis a necessidade de todos nós!

Já é mais do que hora de trazer o Evangelho de Jesus para dentro do ser. Jesus precisa sair triunfante. Seu evangelho precisa ser pregado em toda a Terra. Amor ao próximo como a si mesmo. Tratar os outros como gostaríamos de sermos tratados. Perdão das ofensas.

As crianças precisam de Jesus. Crescer com o conhecimento de seus ensinos fará delas adultos respeitosos.

Haverá choro e ranger de dentes neste nosso mundo até que o amor se instale nos corações. Isso é um fato. Prenúncios de paz temos e desejamos, mas para conquistar a paz do mundo é preciso que a paz se faça no interior dos homens.

Doenças vêm e vão. Inumeráveis epidemias varreram a Terra desde seu início. Já se notou até um ciclo repetitivo, como cem anos, na média entre elas. Até quando? Até quando teremos dores? Sussurrando dentro de nós, poderemos ouvir uma voz suave a nos dizer: - Até o amor se desenvolver em seus corações.

Que o amor não tarde.

Busquemos a luz em nós! Paz!



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