Depois da tempestade vem a calmaria

Olá, meus queridos amigos e amigas, leitores assíduos deste nosso jornal do coração, O IMORTAL. Um novo ano iniciando. Que venha repleto de luz em nossas vidas.

São tantas notícias e artigos de leitura e de estudo que a preciosidade de tê-los, sejam ainda os impressos ou os apenas on-line, no formato de e-book, nos dá a certeza de que o nosso tempo está qualificado com qualquer página que lemos, ou apenas nos distraímos, quando viajando no metrô, nas esperas em aeroportos. Uma maravilha sempre poder acrescentar algo. 

Fico imaginando os que ficam horas em viagens, apenas usando o celular ou tablets para os jogos eletrônicos on-line, disputas que acabam saindo da distração, da diversão, para enfurecimento desnecessário.

Vi certa feita uma cena onde o adolescente jogou longe o celular, num ato enfurecido, porque não conseguia ganhar o jogo na parceria com um amigo do outro lado da telinha.  

O pai, também enfurecido, gritou e estava feita a tempestade, ali, ao meu lado, a poucos metros de onde eu estava num dos aeroportos em caminhada de viagens.

Marquei aquilo na mente, mais como matéria para uma hora poder dirigir-me aos pais e aos adolescentes, para trazer um pouco de "pés no chão" em situações como essas.

A alusão ao título, “Depois da tempestade vem a calmaria”, é uma premissa, pois o que vemos seja onde for, a situação de brigas, desesperos, gritos de dor, é que tudo passa, e isso, a tempestade, também passará.

Valeria a pena, melhor, vale a pena dar um tempo para cada um de nós, e nos acariciarmos, conversarmos com nós mesmos, com nosso espírito, e refletir em pontos que não nos deixam confortáveis, como as explosões e gritos quase rotineiros e, em seguida, pedidos de desculpas também rotineiros.

Ouvi de um marido dizer-me que não aguentava mais as explosões da esposa por qualquer coisa, e, quando ela caía em si, chorava e pedia desculpas. Mas se negava a ir ao psicólogo, ao terapeuta, para ajudar a equilibrar os pontos vulneráveis.

Falei a ele do poder da oração, do Evangelho em família. Dizia-me ele que a esposa era evangélica e ele não se importava com isso, mas que ele mesmo não queria ligar-se a nada de religião, pelo mal que a história nos mostra onde a religião esteve imposta.

Dialogamos num longo atendimento fraterno. Expliquei sobre a terapia do perdão, da oração, e que, como disse uma amiga minha recentemente, perdão é questão de saúde pública. Deveríamos dar-nos a chance de perdoar conhecendo o valor do perdão. Não podemos usar o perdão e a oração da boca pra fora, sem raciocinar nesse valor terapêutico, que vem ajudando a humanidade, aos que realmente despertam.

Comentei que na plenária do Parlamento Europeu da União Europeia de países, eu ouvi a fala de um dos parlamentares dizendo que ele trabalhava fazia 35 anos na área da educação junto ao parlamento europeu, mas que só recentemente o uso da palavra “espiritualidade” fora introduzida e aceita, coisa que não se podia sequer pensar 35 anos atrás.  Escrevi a palavra “espiritualidade”, não a palavra religião. São dois conceitos diferentes no entendimento de muitos estudiosos e filósofos, seja no Brasil, seja em terras de além-mar.


Elsa Rossi, depois de viver por 25 anos no Reino Unido, onde presidiu por 12 anos a federativa espírita britânica, voltou a residir na cidade de Curitiba, Paraná.



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