Divaldo Franco diz O amor é força poderosa que transforma tudo e a todos

O Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes, da cidade de Santo André (SP), realizou recentemente o 32º Encontro Fraternal com Divaldo Franco (fotos), encontro esse que se realiza anualmente desde 1986.

O evento realizou-se nas múltiplas e espaçosas instalações da Instituição Assistencial e Educacional Amélia Rodrigues, que se tornaram acanhadas para acomodar as mais de 3.000 pessoas que acorreram ao local para ouvir Divaldo Franco, que abriu o Seminário utilizando-se do mito grego de Tirésias, o qual Carl Gustav Jung utilizou para dar nome a um dos muitos arquétipos1 do psiquismo humano.

Divaldo narrou, de forma sucinta, o mito de Tirésias2, que fora convocado para arbitrar um impasse entre o casal real - Zeus e Hera - que governava o Olimpo. Tirésias, ao concordar com a posição de Zeus, foi castigado por Hera que o condenou à cegueira permanente. Zeus condoído da situação concedeu ao sábio Tirésias a capacidade da visão interior e a de profetizar, pois cego para as coisas externas, concentrou-se mais em seus valores internos, desenvolvendo o sexto sentido (profetizar).

A partir dessa narrativa Divaldo constrói a base psicológica para o desenvolvimento do tema, afirmando que na proposta da Psicologia Analítica de Jung constata-se a presença do arquétipo Tirésias indicando que a Sociedade, e em cada um de nós, perdeu-se a visão interior da vida e passamos – cegos aos reais valores da vida – a ver somente as aparências, deixando-nos fascinar pelo brilho das paixões, pelas ilusões e fantasias todas efêmeras. Essas escolhas geram as aflições sem tamanho que a Sociedade moderna defronta. Tais aflições advêm da adoção de objetivos imediatistas em prejuízo das aspirações mais sublimes para a existência. Reforçando a necessidade de elegermos um objetivo existencial Divaldo cita o pensamento do psicólogo existencialista norte americano Rollo May (1909-1994), que afirma ter a sociedade elegida como parâmetros para a felicidade:

Individualismo: Doutrina moral e social cujo conceito é o de valorizar a autonomia individual na busca da liberdade e satisfação das inclinações naturais e que se traduz na liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade ou às pessoas. O Individualismo — associado aos seus comparsas  o egoísmo, a indiferença, a ausência dos sentimentos nobres da amizade e do amor — produz como uma das consequências o medo de amar uma vez que AMAR significa “aprisionar-se” conflitando com o conceito individualista de liberdade, mas que na realidade não passa de libertinagem.

Sexualismo: Comportamento ligado à sociedade mercantilista e consumista, na qual o ato sexual é priorizado e banalizado, desvirtuando sua razão natural. Observa-se um barateamento da compostura e uma inversão de valores transformando a criatura humana em uma máquina sexual malversando a utilização das energias genésicas no desvario e na perda do sentido psicológico da vida culminado na ausência do amor

Consumismo: Compulsão e modo de vida que leva o indivíduo a consumir de forma ilimitada bens, mercadorias e/ou serviços, em geral supérfluos, em razão do seu significado simbólico (prazer, sucesso, felicidade).

Em nenhuma outra época da sociedade humana houve tanto bem estar proporcionado pelo avanço da tecnologia e da pujança econômica. Porém, todos esses fatores não são suficientes para modificar o quadro observado nos comportamentos da criatura. Vivendo em uma sociedade individualista, consumista e sexista a criatura passa a não encontrar outro motivo ou significado existencial a não ser o fruir incessantemente, até a exaustão. Há, ainda, o sofrimento pelo luto ou perda, o qual, contudo, não fica restrito à morte, mas também se manifesta na perda do trabalho profissional ou da promoção, na perda de algum afeto que nos deixou na solidão e até mesmo na perda de um objeto de valor sentimental ou monetário.

É natural que qualquer tipo de perda produza aflição e perturbação, permanecendo nessa situação por algum tempo, que não deve ultrapassar a oito semanas, configurando-se um saudável comportamento emocional. Optando pelas conquistas imediatas e superficiais o ser humano, psiquicamente falando, definha passando a não enxergar os reais propósitos existenciais levando-o a se desinteressar pela vida diante das vicissitudes impostas pela vida almejando nosso crescimento. O resultado é a onda de suicídios que assola a Humanidade.

No ano de 2016 em todo o mundo cerca de 1.000.000 de pessoas morreram pelo suicídio, resultando em uma média de 1 suicídio a cada 45 segundos. A cada 16 segundos ocorre, em algum lugar do planeta, uma tentativa do autocídio. Ilustrando essa consideração, Divaldo citou o exemplo de vida de Viktor E. Frankl fundador da Logoterapia e da análise existencial focada na procura do sentido da vida e nas atitudes a serem assumidas perante as situações de sofrimento.

Esse psiquiatra austríaco, autor dos livros Em Busca de Sentido e Um Sentido para a Vida, é sobrevivente dos campos de extermínios nazista oportunidade em que adotou o firme propósito – transformado em objetivo existencial – de sobreviver para poder denunciar ao mundo as atrocidades sofridas durante aquele período. Sintetizando sua forma de encarar a vida o célebre psiquiatra afirma: “Se percebemos que a vida realmente tem um sentido, percebemos também que somos úteis uns aos outros. Ser um ser humano, é trabalhar por algo além de si mesmo. A vida para ser digna tem que ter um objetivo; Quem tem um porquê, enfrenta qualquer como”.

Preparando as mentes e os corações para a conclusão que ocorrerá na segunda parte do Seminário, Divaldo, encerra a primeira parte nos conduz pela trilha da superação ao vazio existencial propondo o amor como antídoto. O amor é - no arcabouço psicológico emocional da criatura humana - uma emoção recente e por essa razão estamos mais habituados às emoções anteriores e que nos acompanham de longa data como o medo, a ira. O amor nos inspira a buscar um sentido profundo e transcendental para a nossa existência que nos leva ao discernimento e a capacidade de distinguir o bem do mal.

Como enfrentar o vazio existencial

Dando prosseguimento ao seminário, Divaldo dá início à segunda parte buscando fornecer-nos mais subsídios para o enfrentamento do Vazio Existencial.

O foco de que a vida resume-se a conquistas imediatistas gera a perda do sentido existencial com a consequência funesta da Depressão a qual gera o vazio existencial, levando a criatura que experimenta essa constrição a desejar a libertação da terrível angústia. Incapaz de compreender esse desejo de “libertação” acaba fugindo pelo mecanismo do suicídio.

O resultado dessa infeliz escolha vem-se refletindo nas estatísticas da OMS, que prognostica para o ano de 2025 que as mortes provocadas pelos suicídios situar-se-ão no primeiro lugar entre as mortes não naturais, ultrapassando as mortes decorrentes de acidentes de viação (carros, trem, ônibus, avião, barco, moto etc.) e também aquelas produzidas pela violência das guerras, terrorismo, assassinatos.

O mecanismo é insidioso e gradativo: A tristeza somatiza-se em Angústia. A angústia leva à Perda do Sentido existencial, que por sua vez gera a Perda de Afetividade que vai levar à Depressão. Na raiz psicológica do transtorno depressivo, encontra-se uma insatisfação do ser em relação a si mesmo e que não foi solucionada, produzindo conflitos resultantes dos desejos não realizados e que se convertem em melancolia que se expressa em desinteresse pela vida. A depressão gera o Vazio Existencial que leva, por final, ao desejo de morrer. Não se trata de que desejamos a morte. Na realidade aspiramos à “libertação” da terrível Angústia e do Nada Interior. Não é somente a tristeza e a dor fomentadora da Depressão. A ingratidão também é proporcionadora de experimentar-se a depressão.

O amor — reitera Divaldo — é força poderosa que transforma tudo e a todos que se deixam ser por ele tocado. Nem mesmo a ingratidão tem capacidade de diminuir-lhe o poder. Para emoldurar o conceito moral Divaldo compartilha conosco a comovedora narrativa de Francisca, humilde moradora dos Alagados na cidade de Salvador, BA e frequentadora da Mansão do Caminho3.

Certa ocasião Divaldo fora chamado com urgência para atender Francisca Teodósia, que estava à beira da desencarnação. Lá chegando, sentou-se ao lado de Francisca que reunindo suas últimas forças contou-lhe detalhes de sua vida pessoal.

Narrou que era mãe solteira, pois que fora abandonada pelo venal companheiro ao tomar conhecimento da gravidez e expulsa do lar pelos pais. Essas injunções não tiveram o poder de diminuir o seu amor pelo filho, e para assisti-lo extenuava-se no trabalho de lavadeira e de vendedora de acarajé o que lhe permitiu custear todos os estudos e necessidades do filho que graças a toda a dedicação materna logrou ser aprovado no vestibular da Faculdade de Medicina, exigindo de Francisca a ampliação de seus esforços. Sua dedicação era tanta que logrou obter – junto a um médico e habitual freguês de seu acarajé – emprego para seu filho sem identificar, contudo, que era sua mãe.

Chegara, finalmente, a data de formatura e Francisca preparara-se com esmero para aquela ocasião pela qual tanto lutara e se sacrificara. Sentia que atingira o objetivo maior de sua vida. Antecipava no coração a alegria que proporcionaria ao filho ao lhe dar – na cerimônia de colação de grau – o anel de formatura. Horas antes de seguir para o local da cerimônia seu filho a procurara no barraco e pediu à mãe que não comparecesse ao evento. Aproveitaria a ocasião para marcar o casamento com a noiva – filha única do diretor e proprietário da Clínica onde ele trabalhava – que desconhecia a existência de Francisca, informação propositalmente omitida pelo filho à futura esposa.

Teodósia dissimulou o impacto emocional da ingratidão do filho e, entregando-lhe o estojo luxuoso com o anel de formatura, beijou-lhe a face dele se despedindo. Francisca Teodósia - respirando com extrema dificuldade pela iminência da desencarnação - reuniu suas derradeiras forças e segurando as mãos de Divaldo fez-lhe o derradeiro pedido. Caso o filho viesse procurá-lo, Divaldo devia dizer-lhe que ela não tinha pelo filho nenhuma mágoa ou ressentimento pelo simples fato de amá-lo incondicionalmente. Feito o pedido, desencarnou. Semanas mais tarde - como previra Teodósia – o filho buscara informações sobre a mãe e foi aconselhado a buscar Divaldo Franco que acompanhara as derradeiras palavras da mãe. 

A narrativa de Francisca a vendedora de acarajés e da ingratidão do filho está contida em uma palestra de Divaldo Franco intitulada “A Poderosa Energia do Amor”, da Editora LEAL. Divaldo, contudo, informou ao imenso público presente ao 32° Encontro Fraternal que nos seria apresentada a conclusão dessa emocionante narrativa, visto que somente nos dias atuais a mesma chegara a um desfecho.

Com o coração em frangalhos destroçado pela culpa gerada pela vergonha que sentira da mãe devido à  ingratidão com a qual pagara todos os sacrifícios e cuidados daquele anjo generoso que o acolhera no ventre, o famoso médico recebeu de Divaldo a notícia que veio arrefecer lhe a angústia: A mãezinha não lhe guardava mágoa e naquele momento – nimbada de mirífica luz - apresentava-se à visão psíquica de Divaldo acariciando o seu menino a quem amava tanto.

Aninhar nos braços e no coração, amparando-o a cada passo para que ele se tornasse um ser humano mais completo e menos presunçoso representou para Teodósia o sentido existencial da vida daquele anjo de generosidade. Em pranto copioso e sentido de catarse, o filho de Teodósia perguntou a Divaldo se havia uma maneira para ele se reabilitar por toda a ingratidão. Divaldo constatando o real desejo de transformação consolou-o com incentivos de que ele deixara-se envolver pelas ilusões e fantasias das conquistas efêmeras e vazias. Deveria o médico buscar um novo sentido para a vida e que elegesse um objetivo existencial profundo e libertador.

O sofrido médico pediu uma oportunidade para assistir aos irmãos desvalidos da região dos Alagados e trabalhar como médico voluntário. Tornou-se ele – afirma Divaldo concluindo a narrativa de Teodósia, a vendedora de acarajés que a todos emocionara – modelo de dedicação e amor ao próximo atendendo a pobreza e os desvalidos do bairro onde a mãezinha vivera. Junto com a esposa fundou uma Casa Assistencial que cuidava dos doentes tuberculosos e “invisíveis” para a Sociedade - individualista, consumista e sexista -, mais preocupada com as quiméricas ilusões e fantasias.

A psicosfera ambiente estava dominada de sentimentos superiores que a todos envolviam. Divaldo chama-nos a atenção para o amor incomensurável de Jesus pela humanidade que pagou-Lhe com a ingratidão – pela adulteração e distorção de Seus ensinamentos - o sublime sacrifício de nos trazer o caminho para a verdadeira felicidade. Em que pese nossa renitente ingratidão, Jesus nos ama incondicionalmente.

E para encerrar esse módulo Divaldo lembra-nos das palavras de Joanna de Ângelis que lhe recomendou:

— Por aqui passou um anjo e que deixou setas luminosas apontando o porto de segurança. Seja, pois, a nossa caminhada assinalada pelas pegadas de claridade na Terra, a fim de que, aquele que venha após os nossos passos, encontre as setas apontando o caminho.

Jesus não nos prometeu os júbilos vazios dos tóxicos da ilusão. Não nos brindou com promessas vãs, que nos destacassem no cenário transitório da Terra. Antes, asseverou que verteríamos o pranto que precede a plenitude, e teríamos a tristeza e a solidão que antecedem a glória solar.

Todos estavam emocionados na sadia expectativa do módulo que encerraria o evento.

Final de tarde em Santo André

Uma chuva forte veio arrefecer o calor primaveril que perdurou por todo o dia. Eram as bênçãos da Natureza em uníssono com as bênçãos Divinas com as quais fôramos envolvidos nesse encontro de inesquecíveis recordações e sentimentos superiores.

Para preparar nossos corações e melhor nos conectarmos à psicosfera superior o Dr. Juan Danilo a todos encantou com sua voz interpretando – com acendrado amor a canção “You Raise me up”  (Você me Conduz) cuja melodia foi composta por Rolf Løvland e letra de Brendan Graham. Após a emocionante canção, Divaldo inicia sua abordagem, aproveitando-se da letra da música cantada que diz:

Quando eu estou triste e minha alma tão cansada

Quando os problemas vêm e meu coração está sobrecarregado

Então, eu continuo aqui esperando no silêncio

Até você vir e sentar-se um pouco comigo

Você me conduz, então eu posso ultrapassar as montanhas...

Quem nos conduz? Pergunta Divaldo e ele mesmo nos responde evocando a figura do escritor, filósofo, teólogo e historiador francês Joseph Ernest Renan (1823-1892) que em 1862 foi alcançou o ápice de uma carreira profissional ao ser nomeado professor de hebraico no Collège de France. Todavia, essa glória pouco durou, pois, após a primeira aula seu curso foi cancelado, pela simples razão de ter chamado Jesus de “Um homem incomparável”. O Imperador Napoleão III o demitiu da Cátedra uma vez que ao considerar Jesus um homem contrariava os dogmas da religião que considera Jesus parte da Santíssima Trindade e a manifestação de Deus na Terra.

Referindo, ainda, sobre algumas análises elaboradas por destacados estudiosos Divaldo aborda o pensamento da psicanalista Dra. Hanna Wolff, que considera Jesus o maior psicoterapeuta que já existiu. Suas análises e considerações estão reportadas em o livro “Jesus Psicoterapeuta”.

Ernest Renan em sua obra “A Vida de Jesus” ressalta ter Jesus dividido a história da Humanidade em dois períodos distintos: antes e depois Dele. Jesus vem subverter o entendimento dos conceitos gerados pela falta de consciência da época e que perduram até os dias atuais. Herói era aquele destruía aos inimigos e Vitorioso era aquele que conquistava a todos e a tudo esmagando e derramando o sangue. Para aqueles que já têm a consciência iluminada pelos ensinamentos do Cristo o Herói é aquele que vence a Si mesmo e Vitorioso é aquele que controla as suas más inclinações e vence as suas tendências malignas.

Tudo isso Jesus nos ensinou por intermédio de O Sermão da Montanha a base moral de suas palavras, A propósito da importância de O Sermão da Montanha, para a Humanidade, Mohandas Karamchand Gandhi, o Mahatma afirmou: “Se se perdessem todos os livros sagrados da humanidade, e só se salvasse O Sermão da Montanha nada teria se  perdido”.

Esse é o Jesus que nos asseverou: “Eu sou o caminho para a verdade e para vida. Ninguém vai ao Pai, senão por mim”. João 14:6

Allan Kardec pergunta aos Espíritos Superiores na questão 625 de O Livro dos Espíritos: Qual o ser mais perfeito que Deus ofereceu aos homens, para lhes servir de modelo e guia?

E os lumes tutelares da humanidade responderam sinteticamente: Jesus.

É a esse Jesus que devemos buscar nessa hora tão difícil da Humanidade que caminha rumo à Regeneração que não tarda. Mas não somente buscá-Lo, mas ser-lhe fiel em todas as circunstâncias e vicissitudes da vida, nos momentos alegres e também naqueles onde a dor parece não querer ir embora.

No ambiente saturado de doces vibrações que permeava a todos os presentes a voz de Divaldo Franco foi se alterando suavemente e todos emocionados constatamos a voz de Dr. Bezerra de Menezes a se manifestar  por intermédio da mediunidade psicofônica de Divaldo em uma mensagem que nos convida a ter coragem de não desanimar nunca, pois Jesus nos prometeu que nunca nos abandonaria e nos concitou a nos amarmos uns aos outros.

 

Notas do autor: 

1 “A palavra arquétipo se origina do grego arkhe, que significa o primeiro, e typon, que significa marca, cunho, modelo, sendo, por isso mesmo, as marcas ou modelos primordiais, iniciais, que constituem o arcabouço psicológico do indivíduo, facultando a identificação da criatura humana”. Joanna de Ângelis, Capítulo 7, Os Arquétipos de o livro Vida: Desafios e Soluções.

Segundo a Mitologia Grega, Tirésias deparou-se com um casal de serpentes venenosas. Num gesto de defesa matou a fêmea e nesse exato momento Tirésias transformou-se em mulher vivendo na condição feminina por sete anos. Após esse período, novamente encontrou outro casal de serpentes matando, então, o macho e assim retornando à condição masculina original.

Mais tarde, Zeus e Hera tiveram uma ferrenha disputa, relativa a que sexo tira mais prazer do ato sexual. Hera afirmava que os homens fruíam maior prazer – revelando a superioridade feminina ao proporcionar-lhes tal deleite -, enquanto que Zeus asseverava que eram as mulheres as mais felizes nessa questão proporcionada pela superioridade masculina.

O impasse foi formado e para equacioná-lo decidiram por convocar Tirésias o qual por ter experimentado ambas as polaridades sexuais era o mais indicado para definir essa questão.

Ouvida a questão colocada pelos deuses Tirésias proferiu seu pensamento: "Das dez partes do prazer, o homem apenas tem uma". Vendo-se derrotada na questão Hera – tomada de ira – condenou-o à cegueira permanente. Zeus, para compensar o castigo imposto pela esposa, deu a Tirésias, o dom da profecia, que o tornaria um dos mais famosos da Grécia Antiga.

 

Fotos: Sandra Patrocínio.



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