É muito amor dedicado aos nossos animaizinhos

Amigos e amigas. Olha só que interessante o que venho vivenciando desde agosto de 2021, portanto há um ano.

Resido em Londres, num condomínio muito bom, apesar de ser bem popular e simples, para atender às necessidades da classe trabalhadora de poder ter um local para residir com sua família.

Muitos, como eu, têm seus cachorrinhos de estimação, que requerem atenção, fazer caminhadas, brincar com outros cachorrinhos. Assim se socializam os bichinhos e os seus donos.

Fiz amizade com várias pessoas que, aparentemente, nunca havia visto. Descubro que, mesmo residindo no mesmo condomínio por mais de 10 anos, não nos víamos, não nos conhecíamos. Posso dizer: - Bendita Covid, que abriu portas para novos sistemas de vivenciar o dia a dia. Muitos como eu buscaram ter seus animaizinhos durante a pandemia. Em maio de 2021, ganhei o meu Sol de presente de aniversário, de dois amigos britânicos, nos meus 70 anos. Sol agora está com 16 meses. Uma graça. Como diz o ditado: "só falta falar”. E se comunica muito bem. É uma alegria imensa ter a companhia amorosa de um cachorrinho ou gatinho, que interagem conosco, nos tiram do sofá para brincar com eles, assim nos ajudando em nossa saúde física, emocional, espiritual e social.

Quando Sol ainda era pequenino, colocava-o no colo, fora do alcance das câmeras, e ele dormia o tempo todo em que eu fazia uma live ou o Evangelho no Lar. Agora já não cabe mais, mas não percebe que cresceu e ainda quer colo, quando vê que começo a falar diante da tela e peço a ele “silêncio”, o que ele entende muito bem e também atende.

Toda essa explicação introdutória é para lembrarmos que Deus cria incessantemente, e na beleza de suas leis divinas ou naturais quem mais se enriquece somos nós mesmos. Desenvolver o amor sempre será lento, mas muito útil a persistência em amar, sejam animais, sejam nossos amores em casa, para amarmos nossos vizinhos, quem sabe isolados, solitários, que precisam de um Olá! Como vai?, entabular um diálogo, buscar dar utilidade melhor ainda ao tempo, aos encontros.

Aqui no meu condomínio já perdi a conta das pessoas que vim a conhecer desde ano passado, excelentes no social, embora não acreditem em Deus, sendo que alguns até preferem que nem se toque neste assunto.  Mas... vejo o amor que dedicam aos seus cachorrinhos.  A semente do amor de Deus está no coração das pessoas, mas elas não conseguem chegar até esse ponto de luz, para trazer lucidez à alma.

Tento, realmente tento levar até mesmo a Espiritualidade a esses corações, meus amigos. Confesso que são blocos de gelo.  Para mim, mesmo depois de 24 anos neste país, não me acostumei a ouvir: “Não acredito em Deus; morreu, acabou; vamos viver o agora”. 

Dói a alma. Mas o que fazer?  Quem sabe um dia Deus terá declarado morada nestes corações em terras de além-mar!?

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Elsa Rossi, escritora e palestrante espírita brasileira radicada em Londres, é presidente da BUSS - British Union of Spiritist Societies.



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