Força moral

As dores de muitos estão intensas. Todos sabemos disso. O ser humano está sendo impulsionado ao progresso e as dores são pedras no caminho que, removidas com segurança, são degraus de subida espiritual.

O momento é de ficarmos repetitivos, acendendo a luz da esperança e mantendo a fé. Por isso mesmo, em nosso editorial, temos reforçado muito que precisamos manter esses sentimentos. O momento requer isso.

São muitas as almas em dor que procuram socorro, que se sentem amarguradas por terem ficado sem a presença física, com a morte do corpo, de uma mãe, de um irmão, de um filho, de um pai.

Uma das maiores dores que temos presenciado é a de uma mãe cujo filho desencarna primeiro. O relato de todas elas é muito parecido. Uma sensação de vazio, como se tivesse ficado um buraco no peito. Já ouvimos várias.

Uma senhora de 78 anos nos contou que teve Covid aqui. O filho, morando em Mato Grosso, com 55 anos, também teve. Ele desencarnou e ela não. Ele era pastor lá. Morreu há um mês. Ela mostrou-nos a fotografia dele, no celular. Um senhor de aspecto ainda jovem, ar sereno estampado na face. Disse-nos ela que tem mais dois filhos, um casal, mas que seu coração sente a dor do vazio que a ausência dele provocou. Aguarda o momento em que, mais refeita, poderá sonhar com ele.

As pessoas estão entendendo que o sonho com os queridos que partiram é um encontro real. A compreensão do fato está tornando-se universal. A sensação do reencontro, para quem o experimentou, é verdadeira, independente de religião. Uma realidade espiritual.

Nesta hora dolorosa, em que milhares experimentam simultaneamente a separação dos entes queridos e a saudade intensa, a força da fé deve intensificar-se. A fé sustenta e fortalece e a esperança é luz acesa na alma. O reencontro um dia acontecerá, pois Deus é amor infinito e seu propósito para nós é de amor e misericórdia.

Há que se manter de ânimo firme e com muita coragem. Horas difíceis passam. Tudo passa. O amor permanece e o bem se mantém. Jesus é o soberano Senhor e a embarcação terrena está sob seu comando, em nome de Deus. Nas horas dolorosas, lembremos o sublime Senhor que acalmou a tempestade e a embarcação, que estava à deriva, deslizou suavemente nas águas pacificadas, sob seu comando.

Lembramos aqui o espírito de Emmanuel que, numa prece dirigida a Jesus, psicografia de Chico Xavier, roga: Divino Amigo, vem! ... E ampara-nos a senda porque sem ti o tempo, embora sendo luz e embora sendo vida, sem que te procuremos, deixar-nos-á clamando nos abismos da sombra, da aflição e da morte...

O momento é de luz de raciocínio e de fé no coração. Unir cérebro e coração em amor, coragem e esperança. A noite escura precede o alvorecer. Depois da tempestade intensa, a calmaria e a renovação. A noite tempestuosa há de desaparecer e o ser humano, depois de tudo, esperamos que melhore.

Força moral! Coragem! Jesus asserena a tempestade!

Sigamos confiantes!

Dias melhores virão!



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