Heróis anônimos

A humanidade tem brilhado em atitudes de amor ao próximo, nessa pandemia da Covid. Tem sido emocionante observar as ações solidárias que surgem para o benefício do ser humano. São histórias de abnegação e coragem.  Basta ver o pessoal da saúde. Sabem que estão expostos e correm risco de vida, mas não se afastam do serviço.

Servir ao semelhante é uma honra. Esses heróis da saúde estão sendo reconhecidos no mundo todo, embora seus rostos não sejam visíveis e seus nomes não sejam citados um a um. Milhares deles, tanto médicos, como enfermeiros, como auxiliares de saúde, já deixaram o mundo por essa enfermidade, que adquiriram salvando vidas.

Mesmo temendo e sabendo dos riscos, não se afastaram e continuam firmes, salvando vidas, pois foi isso o que escolheram fazer.

A cada manhã, ao se levantarem, lembram-se de Deus e oram. Oram agradecidos pela vida. Mais um dia de vida! Oram agradecidos pelo lar que têm, pelo café da manhã. Agradecem pelo almoço e o jantar. Agradecem poderem voltar para casa. A lembrança daqueles que não o podem fazer é sofrida. Como está grande a fé em Deus nessa hora de crise!

O pessoal da saúde tem sido muito lembrado nestes dias dolorosos. Há que lembrar, porém, de todos os que exercitam seu dever com honra e correção. Está aumentando o número de pessoas que agem sistematicamente no bem. Parece que essa doença da Covid despertou a humanidade. Muitos em número expressivo agindo corretamente, e em toda a parte. O bem está vencendo, finalmente!

Caminhos árduos e muitas pedras na jornada ainda deverão ser removidos continuadamente, mas, com perseverança, a humanidade alcançará a paz. A esperança deve fazer parte dos corações.

Há poucos dias, a imprensa noticiou um ato correto, que mostra quanto o brasileiro na maioria é honesto. São milhares de atitudes não visíveis todos os dias. Essa foi vista devido ao montante de dinheiro na história e à pobreza dos que o devolveram. Trata-se de recicladores de material que encontraram, numa caixa, um envelope com 40 mil reais. Isso poderia ser de grande valia para os três, pois estavam muito necessitados. Optaram entretanto pelo correto. O dinheiro não era deles. Descobriram o dono, um comerciante, devolvendo o dinheiro a ele, que já se desesperava por tê-lo perdido. Receberam 1.000 reais de agradecimento. Foram honestos.

Alguns, de mente infantil, poderiam pensar que foram tolos por não terem ficado com o dinheiro. Foram, porém, corretos e, por que não, heroicos, por não cederem à tentação de ficar com aquele dinheiro, embora passando tanta necessidade...

O povo da saúde, esses recicladores e milhares de anônimos que passam estão agindo retamente, exercitando a consciência tranquila, sem se incomodar com a opinião dos que não têm essa noção. Simplesmente aprenderam que o bom para si é tratar o semelhante como gostariam que os tratassem; é agir de conformidade com Jesus; é agir sintonizado com o bem.

Podemos antever o mundo melhor de amanhã em que essas atitudes serão triviais. Um mundo de solidariedade, honestidade e paz, que é o que todos sonham.