Hora de decisão

O amor é a grande decisão que há de tomar o ser humano. Criados simples e ignorantes, estagiamos milhares de experiências, para que progressivamente a inteligência desabrochasse e a consciência surgisse. Peregrinando em múltiplas experiências, aqui estamos nós, os seres encarnados na atualidade planetária, passando uma experiência muito difícil, que é a da situação da Covid-19.

Tudo o que Deus permite é para o nosso bem. Jamais pensamos, claro, que haveríamos de passar por algo assim. Menos mal do que dores maiores, como as guerras, por exemplo. Saímos da sintonia da violência e rumamos para a paz. A fraternidade vai crescendo e emocionando, de modo muito belo. Quem vivencia o amor deseja retê-lo para sempre.

O amor é a lei da vida. Com a fraternidade crescente, cada vez mais o viveremos. Caminharemos para ele, quais viajores sedentos num deserto ao encontrar um oásis com fonte cristalina. Melhor ainda: ao vivenciá-lo, tornamo-nos as fontes. Seremos as fontes vivas do amor, como referido por Jesus à mulher samaritana. Seremos fontes que jorrarão para a vida eterna.

Há um trecho no livro “Horizontes da Mente”, do espírito de Miramez, psicografado por João Nunes Maia, que gostaríamos de aqui compartilhar, dadas as semelhanças do momento atual com o que ele diz:

“... A mente humana se encontra cansada e oprimida pelas consequências de seus próprios atos. O magnetismo inferior da lavoura mental do próprio ambiente do mundo haverá de explodir, por acumulação excessiva, em sofrimentos nunca antes sentidos pelos homens, porquanto é nessa combustão degradante que ele se aniquila, da mesma forma que os raios e as trovoadas limpam a atmosfera.

 O mundo só melhorará depois que os homens se tornarem bons. Estamos numa época de confusão, sem que isso possa ser considerado regressão dos valores adquiridos. É porque a mente humana está, por lei, cedendo lugar à mente divina e, por isso, as trevas estão mais visíveis aos olhos de todos. Nunca fomos bafejados, como agora, por tanta luz. A hora é de decisão. Se não ajudarmos as forças invisíveis na educação da mente, na disciplina dos pensamentos, na ordem das ideias, as leis operarão em nós com certa violência, e o sofrimento nos conduzirá às portas do amor e da sabedoria, queiramos ou não. É que não fomos feitos por nosso querer, não evoluímos ou despertamos por equações nossas e nada fazemos pelas nossas mãos, sem a sapiência universal.

Curvemos as cervizes com humildade diante da grande luz e repitamos com Paulo o versículo XVIII, do capítulo 5, aos Tessalonicenses: ‘em tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para conosco’. A mente humana passa por uma grande transformação, e é bom que ajudemos, para que ela possa alcançar a força divina que bate em nossas portas, como sendo o reino de Deus.”

A hora é, sim, de decisão. Hora de abandonarmos os erros milenares e caminharmos para o amor. Para isso, alijarmos nosso orgulho e deixar o brilho de Jesus iluminar nossos mais profundos sentimentos. Iluminarmo-nos com as claridades do Evangelho. As dores passam. O amor vencerá. Confiemos!



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