Imortalidade - Rogério Mota

Sou Espírito a reboque desse corpo;
emigrante da erraticidade, no labor.
Vim aqui pela via do maternal porto
à resolução da equação: minha dor.

Salve o dia, pulmões a fole na brasa!
Células queimando, ânimo em rastro.
Maquinário saudável, pronto ao Astro:
Espírito que sou eu, locatário em casa.

Nossa morte é a própria Vida,
Norte Infindo - Imortalidade.
Tenha fé, caso a tristeza insista
- roga a Deus que te guarde.

Transporás os umbrais da morte
co'as imagens que em ti plasmou,
íntimas à Alma - sentimentos ou
ideias e ações para toda a sorte.

A pedra se nos parece dura
- imposição da Lei que nos rege.
A Vida se nos converte em jura
da Imortalidade que nos soergue.

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ROGÉRIO MOTA, 47 anos, natural de Nova Iguaçu (RJ), casado há 22 anos, desenhista (e design gráfico), capista, diagramador e estudante de Letras da UERJ. Começou suas atividade literárias, não de forma intencional, ao mesmo tempo que desenvolvia projetos de ilustração na Editora CELD na década de 1990. 
É autor das seguintes obras publicadas pela Editora CELD: Alma Nua (bilíngue: Esperanto-Português); A Viagem de OstranildaChuva de MelVidaCéu no CoraçãoA Porta Que ImportaAmigo Sol e Quero Deus.



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