Lágrimas da Terra

Nosso planeta chora. De há muito viemos, através das páginas deste jornal, fazendo um apelo por todos nós, um apelo pela Terra.

A ambição desmedida está provocando muita dor. Perguntamo-nos: se as fontes de água potável do planeta desaparecerem, como sobreviverá o ser humano?

Quem diria que um dia presenciaríamos aquele mar de água doce, nos rios Negro e Solimões, secos? Muito triste ver a ambição dominando e o descaso destruindo. A fumaça do Amazonas chega ao Paraná.

O planeta Terra, chamado Gaia, carinhosamente, por muitos, se rebela. Já não dá mais para ignorar a mão destruidora do homem acarretando distúrbios de toda ordem. Seca no norte e nordeste brasileiros. Calor como antes jamais sentido. Tempestades acima do que se costuma ver. Vulcões entrando em erupção. Terremotos. É o lamento da Terra, que pede socorro.

Precisamos lembrar-nos das gerações que virão. Precisamos pensar que um dia poderemos retornar em nova vida a este planeta. Que encontraremos? Urge que o egoísmo e a ambição cedam lugar à esperança para o amanhã.

Ainda há tempo. Unamo-nos. Há países que estão fazendo sua parte. Há poucos dias houve um feriado nacional no Quênia, cuja intenção era que a população plantasse cerca de 50 milhões de árvores...

Por que o Brasil, a Pátria do Evangelho, está permitindo que suas florestas desapareçam?

Lembrando Jesus, em visita aos cristãos no mundo espiritual, mencionada no livro Há 2.000 Anos, psicografado por Chico Xavier em 1939, vemos a palavra de Jesus a eles, em trecho que aqui reproduzimos:

“Sim! Amados meus, dia chegará em que todas as mentiras humanas hão de ser confundidas pelas claridades das revelações do céu. Um sopro poderoso de verdade e vida varrerá toda a Terra, que pagará então, à evolução de seus institutos, os mais pesados tributos de sofrimentos e de sangue... Exausto de receber os fluidos venenosos da ignomínia e da iniquidade de seus habitantes, o próprio planeta protestará contra a impenitência dos homens, rasgando as entranhas em dolorosos cataclismos... As impiedades terrestres formarão pesadas nuvens de dor, que rebentarão, no instante oportuno, em tempestades de lágrimas na face escura da Terra, e, então, das claridades de minha misericórdia, contemplarei meu rebanho desditoso e direi, como os meus emissários: ‘Ó Jerusalém, Jerusalém!...’

“Mas nosso Pai, que é a sagrada expressão de todo amor e sabedoria, não quer se perca uma só de suas criaturas, transviadas nas tenebrosas sendas da impiedade! ...”

 Há esperança! Jesus convoca os cristãos a trabalharem pela implantação do amor na Terra.

Há aqueles que protegem.

A destruição existe sim, mas não será o fim. Trabalhadores há no mundo espiritual a cuidarem das florestas, a cuidarem das entranhas da Terra.

Tudo segue conforme a permissão de Deus. Dele é todo o poder, toda a bondade e toda a criação. Permite essas situações para que o próprio sofrimento que delas advém seja o mecanismo da cura.

O homem, na sua caminhada, há de cansar-se das iniquidades e voltar para o bem.

A ganância vai ceder espaço ao altruísmo, ao cuidado.

Confiemos! O amor vencerá! Enxuguemos as lágrimas!

 

Ilustração: Cyra Moreira



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