Lições do dia a dia para a eternidade

Início de ano, um novo ano. Um calendário ajustado, modificado e aceito em diferentes épocas. Hoje o linguajar do mundo usa o calendário Gregoriano que se originou na Europa em 1515 pela Universidade de Salamanca e foi promulgado, aprovado oficialmente por Gregório VIII, substituindo o calendário Juliano. Lentamente os países o foram adotando, e no ano de 1752 a Grã Bretanha e as colônias pertencentes ao Reino Unido o adotaram oficialmente também. A Rússia somente adotou-o em 1905 para efeitos cívicos, mas continua o calendário Juliano (criado por Júlio César) para os eventos religiosos. Hoje o calendário Gregoriano é oficial em quase todos os países do mundo.

Feita esta pequena e curiosa introdução à minha crónica do início do novo ano, fiquei pensando um pouco sobre as ocorrências inovadoras que vêm acontecendo durante os dois últimos anos.   Para um ano novo, iniciante, a humanidade cristã coloca as expectativas de receber bênçãos de Jesus, para que o novo ano possa trazer saúde, paz e alegria para todos. E é natural que assim seja. Muitas promessas, muitos planos, muitas esperanças, mas na realidade, um dia após o outro não muda por conta da mudança do calendário. A mudança é interna em cada um de nós.

Os planos bem pensados, com objetivos nobres, certamente têm a atenção dos amados benfeitores espirituais de cada espírito encarnado, de cada família, que traz o seu calendário particular dos acessos aos recônditos das almas, fazendo com que aconteçam mudanças para melhor, em que todos tenhamos a parcela de responsabilidade, sem julgamentos, mas respeito e abnegação ao bem, ao bom e ao belo.

Vejamos: fazemos um plano, uma meta para uma longa caminhada. O primeiro quilômetro a ser percorrido a pé, começamos com os primeiros passos, e vamos indo... Nossos passos são pequenos, menos de um metro, e em pouco tempo, com persistência, atingimos o ponto almejado. Assim é o nosso ano no calendário gregoriano. Temos 365 dias para dar conta do ceitil do bem que nos chega, cuidando para que ele se multiplique mil por um, e possamos assim, ao chegar o último dia do ano, ter a meta preenchida, glorificada, com as pequenas boas ações de paz mental, espiritual, com os pensamentos ajustados, a existência plenificada e dando graças em tudo.

O nosso barco Terra está firme e forte, mas as ondas e os ventos de proa e popa estão ainda ferozes.  Nós, os marinheiros e viajantes deste grande barco, precisamos constantemente aprimorar o ritmo de trabalho para que as máquinas do barco não parem, avancem para frente, sempre adiante, mirando o porto seguro da evolução com Jesus.  Lembrando que neste barco estão irmãos de todas as terras de além-mar, de todas as crenças, idiomas, mas os ensinos do Comandante é o mesmo para todos, sem rótulos, que é o dever a ser cumprido com observância das leis de Deus em cada consciência. O leme do nosso barco é a lei de justiça, amor e caridade. E essa lei tríplice em uma só cabe e está em toda consciência do ser que nele viaja. Nossas mãos se unem, para que o timão seja bem conduzido, e abracemos a causa do bem, espalhando essa luz de amor, justiça e caridade na sua maior pureza, escorrendo do coração para as mãos em ação diante dos irmãos e irmãs que convivem conosco nesta grande família: a humanidade.

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Elsa Rossi, escritora e palestrante espírita brasileira radicada em Londres, é presidente da BUSS - British Union of Spiritist Societies.



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