Natal e Jesus

Natal novamente!

Cada coração bem formado poderá recordar-se dos tempos passados. Como era bom o Natal! Sentar-se junto com os amados do coração, na lembrança do doce menino de Belém. Presente era o menos importante. O mais importante era o amor e as famílias que chegavam de outras cidades, para se reunirem num ponto comum, com alguém que era o polo atrativo para todos. Eram uma beleza os presépios. Escolher o mais bonito!

Jesus era lembrado. A história de seu nascimento envolvia a fantasia das crianças. Parecia poder-se sentir o amor em energia de paz se derramando na Terra. O Papai Noel já existia, mas sua lembrança era ofuscada pela do Menino Jesus.

O Natal, eis que chega novamente! Uma vez mais os corações intensificam seu amor e se lembram de ajudar os mais necessitados. Presentes aqui, cestas básicas acolá... Deveria ser Natal o ano inteiro, pelo bem que ele representa.

Onde os presépios lindos de outrora? Onde as histórias do Menino Jesus? Rogamos que estejam nos lares, pois somente com Jesus no coração a humanidade se fará fraterna e o amor vencerá no mundo. Rogamos que Jesus esteja falado, sua história contada, embevecendo os corações juvenis. Que as crianças entendam que estão recebendo presentes por causa dele.

Lembrando o Mestre incomparável, aqui deixamos, do espírito de Meimei, psicografado por Chico Xavier, do livro À Luz da Oração, a prece intitulada Oração do Natal:

“Rei Divino, na palha singela, por que te fizeste criança, diante dos homens, quando podias ofuscá-los com a grandeza de teu reino?

Soberano da Eternidade, por que estendeste braços pequerruchos e tenros aos pastores humildes, mendigando-lhes proteção, quando o próprio firmamento te saudava com uma estrela sublime, emoldurada de melodias celestes?

Certamente vinhas ao encontro de nosso coração para libertá-lo.

Procuravas o asilo de nossa alma, para convertê-la em harpa nas tuas mãos.

Preferias esmolar segurança e carinho, para que, em te amando, de algum modo, na manjedoura esquecida, aprendêssemos a amar-nos uns aos outros.

Tornavas-te pequenino para que a sombra do orgulho se desfizesse, em torno de nossos passos, e pedias compaixão, porque não nos buscavas por adornos do teu carro de triunfo, como vassalos de tua glória, mas, sim, por amigos espontâneos de tua causa e por tutelados de tua bênção...

E modificaste, assim, o destino das nações.

Colocaste o trabalho digno onde a escravidão gerava a miséria, acendeste a claridade do perdão onde a noite do ódio assegurava o império do crime, e ensinaste-nos a servir e a morrer, para que a vida se tornasse mais bela...

É por isso que, ajoelhados em espírito, recordando-te o berço pobre, ofertamos-te o coração...

Arranca-o, Senhor, da grade do nosso peito, enferrujado de egoísmo, e faze-o chorar de alegria no deslumbramento de tua luz! ... Conduze-nos, ainda, aos tesouros da humildade, para que o poder sem amor não nos enlouqueça a inteligência e deixa-nos entoar o cântico doa pastores quando repetiam, em pranto jubiloso, a mensagem dos anjos: - Glória a Deus nas alturas, paz na Terra e boa vontade entre os homens!” 



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