O amanhã

O que será do amanhã? Um novo dia. O amanhã será um novo dia. O dia que os seres quiserem ver ou ter. Depende de cada um.

Alguém verá o alvorecer com esperança. Ouvirá o cantar dos pássaros e verá as lindas cores da aurora. Verá as árvores com folhas verdes brilhando ao sol e as flores coloridas a enfeitar as calçadas e os jardins. Outros não verão nada disso. Poderão ainda estar com as sombras da noite no pensamento coroado de preocupações. Passarão ao largo, sem atentar para a beleza do dia. Precisamos atentar para a beleza de um novo dia.

Estamos vendo de modo repetitivo menções sobre um “novo normal” no amanhã. Pessoas usando máscaras e afastadas umas das outras. O que é o normal? O normal deveria ser amar, ser afetuoso, fazer o bem, ser probo, consciencioso, agir para com os outros de conformidade com o que gostaria que fizesse alguém para si mesmo. Seria, de fato, o amor como gostaríamos de ter.  O normal seria ser reto, agir com retidão de princípios, valores morais elevados, palavra justa, pensamento equilibrado no bem, conversações edificantes, abraços, carinho, gestos de delicadeza, atenção e bondade. Isso é o certo.

O amanhã será o que fizermos dele e poderá ser assim. Um dia melhor, um dia de paz, um dia de fraternidade, um dia abençoado.

Estes dias dolorosos da atualidade devem servir para se pensar nos dias auspiciosos de amor que virão.

Toda dor é temporária. Para este caso da pandemia que vivemos, toda a cautela é necessária e aragens de esperança vão chegar. A bondade divina vela pelos seus filhos. A humanidade deseja uma vacina e muitas estão por vir, já com bons resultados, como a de Oxford, que está promissora; a chinesa, também, e algumas outras que vão surgir. Até lá, deveremos manter os cuidados e atentar para nós mesmos.

Muitos estão aproveitando estes momentos para entrarem em si mesmos e verificarem suas sombras. Clarearem seus sentimentos. Conseguirem ver o alvorecer de bênçãos que a correria da vida os impedia de ver, toldando-lhes a visão.

As sombras estão chegando à superfície e isso propicia que sejam iluminadas. A dor sempre é a abençoada misericórdia divina agindo em benefício do espírito, encarnado ou não.

De acordo com o espírito de Joanna de Ângelis, pela psicografia de Divaldo Pereira Franco, do livro “Florações Evangélicas”, a dor é a mensageira da esperança que, após a crucificação do Justo, vem ensinando como se pode avançar com segurança. Recebamo-la com paciência, diz ela, sejam quais forem as circunstâncias em que a defrontemos, nesta hora de significativas transformações para o nosso espírito em labor de sublimação.

O sofrimento de qualquer natureza, quando aceito com resignação, comenta Joanna de Ângelis, propicia renovação interior com amplas possibilidades de progresso, fator preponderante da felicidade.

Segundo ela, a dor faculta o desgaste das imperfeições, propiciando o descobrimento dos valiosos recursos, inexauríveis aliás, do ser.

Todos sofrem neste mundo. O sofrimento resignado, sem queixas é a vitória.

Um amanhã melhor desejamos.

A humanidade irmã, unida, é isso que ansiamos.



Comentário

0 Comentários