O modelo é Jesus

Inumeráveis vezes temos escrito nas páginas do nosso jornal a necessidade de seguirmos integralmente, portas adentro do coração, os ensinamentos do Cristo.

Costuma ser dito, pelos espíritas, que a questão 625 é a de mais curta resposta dada pelos espíritos a Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos”. De fato, para a questão de Kardec, a 625, “Qual é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e de modelo”, os espíritos respondem simplesmente: “Vede Jesus”.

Que dificuldade a nossa, espíritos encarnados na Terra, que ainda hoje ignoramos as atitudes de amor ao próximo e de fraternidade, não entendendo Jesus? Outros ainda tentam reduzir-lhe a grandeza aproximando-o o mais possível das imperfeições humanas, pois é mais fácil diminuí-lo para dele se aproximar, do que subir nas virtudes, subir degraus de luz para ficar mais próximo de seus ensinos.

É de Allan Kardec, na própria questão 625, o comentário que Jesus é para o homem o modelo de perfeição moral que a humanidade pode pretender sobre a Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, sendo a doutrina que ensinou a mais pura expressão da sua lei, porque ele estava animado de espírito divino e foi o ser mais puro que apareceu sobre a Terra.

No evangelho de João, no capítulo 15, versículos 7 e 8, Jesus diz que “Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vós o tereis. Meu Pai é glorificado quando produzis muito fruto e vos tornais meus discípulos”.

Como temos permanecido com Jesus? Como temos pedido?

Teremos conseguido permanecer com ele nas atitudes do dia a dia? Como está o nosso relacionamento interpessoal com aqueles que convivem conosco? Como está a nossa atitude para com o nosso próximo? Teremos conseguido vencer o egoísmo? Teremos sido humildes, vencendo o nosso orgulho?

O que temos pedido? Termos pedido forças para suportarmos bem nossas provas e vencê-las? Teremos pedido coragem para nos mantermos serenos nas horas tempestuosas? Conseguimos vencer o apego às coisas materiais?

São tantas as questões que poderíamos fazer a nós mesmos, para ver se estamos bem aproveitando a nossa encarnação terrena...

No capítulo XV de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” vemos, no texto do apóstolo Paulo, intitulado Fora da Caridade não há Salvação, no último parágrafo, a orientação para todos nós, que estamos abençoados pelo Espiritismo na atualidade. Diz ele:

“Meus amigos, agradecei a Deus, que vos permitiu pudésseis gozar da luz do Espiritismo: não porque só aqueles que a possuem podem ser salvos, mas porque ajudando-vos a melhor compreender os ensinamentos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos; fazei, pois, que em vos vendo, possa-se dizer que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, porque todos aqueles que praticam a caridade são os discípulos de Jesus, qualquer que seja o culto a que pertençam.”

Um dia todos falaremos a religião do Cristo, que é caridade, que é amor! Até lá, vamos trabalhar a nós mesmos para melhorarmos mais.

Sejamos cristãos.



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