Paz interna

Preocupa a todos a atual situação planetária. Guerras e ameaças de guerras. Dois mil e 25 anos após Jesus e a Humanidade terrestre continua empenhada em guerras fratricidas. Uma dificuldade de se entender que somos todos filhos de Deus e que a Terra é o lar bendito dos espíritos que são trazidos para reencarnações redentoras.

Em reuniões mediúnicas é muito comum o doutrinador se dirigir ao espírito comunicante e chamá-lo de irmão, tendo por resposta, com tom de revolta, o espírito a dizer: não sou seu irmão, trazendo consigo, mesmo desencarnado, a separatividade provocada pelos laços consanguíneos, que são maravilhosos, no momento em que unem as pessoas em famílias, mas que são desnecessários, na visão espiritual de filhos de Deus que somos todos nós.

Essa incerteza de que somos todos irmãos, filhos do mesmo Deus, é o que separa a muitos ainda. Guerras e rumores de guerras em diversos lugares, quando urge a paz e a necessidade fraterna do amor uns pelos outros.

Como conseguir, no entanto, a paz externa, sem a pacificação interna?

Os benfeitores espirituais, nos últimos anos, têm incentivado, principalmente os espíritas, a que façam o seu processo de autodescobrimento.

É comum repetir-se a questão 919 de O Livro dos Espíritos, na qual Allan Kardec perguntou qual é o meio prático e eficaz para se melhorar nesta vida e resistir aos arrastamentos do mal. E a resposta dos espíritos: um sábio da antiguidade já disse: conhece-te a ti mesmo.

Ainda se complementa essa resposta com a de Santo Agostinho, em sequência, pedindo que a cada noite a pessoa se analise, verifique se tratou os outros como gostaria de ser tratada, o que fez de bem ou de mal, que peça a Deus forças para se aperfeiçoar...

Vemos as linhas gerais da psicologia atual insistir nesse processo de autoconhecimento para a libertação das imperfeições. Basta acessar diferentes canais do YouTube e ver-se-á a enormidade de orientações para esse fato. O que falta então seria a boa vontade, a busca por isso, pois muitos ainda continuam adormecidos.

É mais do que hora para o despertar.

Urge que nos olhemos com integridade e desejo real de melhorar, pois para que a humanidade melhore, e as guerras exteriores cessem, necessário pacificar o interior.

Temos repetido muito isso. É que vemos essa necessidade.

A injúria e a violência estão campeando intensas e é preciso intensificar o conhecimento do evangelho e sua aplicação. Viver o evangelho nas atitudes é o que precisamos. Ser cristãos. Compreender as diretrizes de não fazer aos outros o que não desejaríamos para nós mesmos.

Se os que se dizem cristãos agissem de acordo com o Cristo, de há muito a paz estaria reinando na Terra. É difícil? Sim! Precisa haver a vontade profunda para tal. Jesus nos deixou os ensinamentos. O Espiritismo os confirmou e, como sabemos, é um lampadário de bênçãos que nos lembra que muito será pedido a quem muito for dado.

Segundo diz Emmanuel no livro Fonte Viva, psicografia de Chico Xavier, é necessário acordar o coração e atender dignamente à parte que nos compete no drama evolutivo da vida, sem ódio, sem queixa, sem desânimo.



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