Peripécias em tarefas espíritas

Amigos e amigas leitores deste precioso informativo espírita.  Em tom de alegria escrevo, e rio mentalmente ao mesmo tempo.

O convite foi recebido por mim com redobrada alegria. Vindo de uma pessoa tão querida como Ivana Raisky, presidente da Federação Espírita de Goiás, eu disse sim, sem mais questionamentos.  Acomodei a agenda, tínhamos ainda um mês para me preparar e dar conta do meu ceitil com muito amor no coração.

Como estava fora do Paraná, em outro estado, com limitação de computador, eu disse "Sim, aceito", e pensei comigo mesma, para registrar na minha memória: Terei muito tempo, me prepararei quando chegar em casa, na linda Curitiba, onde resido agora, em minha segunda existência na mesma reencarnação.

Dias gloriosos em Palmas, recuperando energias solares, vitamina D para o corpo físico, e visita E de espiritual, para o corpo astral.

Curitiba, filhos, netos, alegrias, reencontros, amigos, casa... e o tempo de dedicar-me ao preparo para minha fala para o evento Mulheres Inspiradoras, em homenagem a Suely Caldas Schubert, organizado pelo IDEAK do Rio de Janeiro, no dia 11 de março de 2023. As mulheres conferencistas iriam trazer biografias e feitos lindos de mulheres que nos inspiram. Preparei com amor e dedicação algo lindo sobre Amélia Rodrigues, que tanto amo.

Agora pasmem, como eu pasmei...

Recebi dez dias antes o pôster do evento, que só vim a abrir ao chegar ao meu computador e observei os dados... E aí liguei para Ivana: “Ivana do céu... o evento é presencial?”  Nisso, recebo mais informações da organização do evento, que me haviam enviado e que fui ler somente uma semana antes, devido às circunstâncias da estada fora de casa.

Pois é!  Evento presencial. Como até agora nestes três anos de lives pelas salas virtuais, eventos dos mais variados, sequer poderia imaginar que seria presencial, um evento em uma cidade a 280 quilômetros do aeroporto Santos Dumont, do Rio de Janeiro. Isso tudo fiquei sabendo depois.

Viagem preparada, hotel para o solzinho já acertado, táxi reservado para deixar Curitiba de madrugada, sigo para o aeroporto Afonso Pena com antecedência, como sempre faço. Aguardo com alegria a hora do embarque. Meia hora antes, avisam que a aeronave vai sair do solo somente 4 horas depois da previsão.  Eu tinha pouco tempo entre uma corrida e outra em guichês, e consigo outro voo com escala em Guarulhos, para o mesmo destino final, aeroporto Santos Dumont.

Lá fui eu, acima das nuvens físicas e quase nas nuvens espirituais. Pouso suave no horário. Busquei o novo portão que me levou 10 minutos até achar. Ufa!  Em cima da hora de pegar novo voo... Mas, qual surpresa! Leio o aviso de que o voo está atrasado para decolar rumo ao Rio de Janeiro.  Não tinha mais nada a fazer!  Avisei o motorista que iria me pegar para levar-me logo ali a Campos dos Goytacazes (isso na minha ignorância geográfica e histórica).

De ambas as partes, motorista Eduardo e eu, acerto de paciência, tudo vai dar certo, calma etc. Vamos orar pelo melhor!

Desembarco rapidamente e, ao sentar-me no carro, uma ligação de meu genro e eu digo-lhe: Daqui meia hora eu ligo pra você do hotel, acabei de pousar. Não contei as peripécias. Eduardo me diz: Você vai de helicóptero para Campos? Eu estranhei, mas vi que era em tom de brincadeira e assim respondi.

Como assim?  Quanto tempo até o hotel. Diz-me ele, a esse horário, provavelmente não menos de quatro horas....  Meu Deus! que susto. Já estávamos no meio dia, com todos os atrasos. A rigor eu deveria estar no Rio às 8h30 da manhã...

Nada a fazer, rumamos para Campos dos Goytacazes, que só vim a saber naquele momento que teríamos 280 quilômetros para seguir, do Rio até lá.

Pensei comigo: Vou simplesmente chegar para a prece final do evento, que se iniciaria às 14 horas daquele sábado lindo e brilhante de sol de Deus.

Estrada à frente, distraindo a minha própria mente para não ficar ansiosa, rodovia interestadual Dr. Mário Covas, e prosseguimos. A ponte Rio-Niterói eu não a cruzava de carro desde que meus filhos eram pequenos, quando fomos todos conhecer o Pão de Açúcar, Corcovado, bondinho, nessa cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro.

E fomos prosseguindo... Acidente na estrada, fila quilométrica de carros e caminhões, desvio por estradas em cidades pequenas, pelo hábil e conhecedor da região, o Eduardo.

Ganhamos com isso um bom tempo, ao invés da espera de mais de hora na estrada... enfrentamos uma supertempestade de chuva e ventos na serra, com muitas curvas e subida e descida, tudo com que eu realmente não me sinto confortável, mas o dever maior nos chamava e, por esse dever na divulgação do Espiritismo, tudo enfrentamos como aprendizados de luz.

Chegamos ao local do evento, na Universidade Cândido Mendes, já passados das 17 horas da tarde. Foi descer do carro e correr para o salão, subindo ao palco e abraçando Ivana Raisky, Juselma Coelho, Milena Cossio, Lusiane Bahia, Cacá Rezende e Anatasha Meckenna. Alegria em conhecer pessoalmente o Antonio Carlos Barreto Ferreira, Gutemberg Paschoal, João Medina, Maxuel Rangel, Patricia Sampaio Pereira, dirigentes do IDEAK, e outros amores queridos que me receberam com tamanha alegria. 

Um público de mais de 100 pessoas também me aguardava.  E eu agradeço, pois todos ficaram sabendo da saga dessa viagem, que me foi revelada dias antes de viajar, pois até então eu estava preparada para fazer tudo on-line. E que bênção poder voltar ao trabalho presencial. E “ELES”, os Benfeitores, contam conosco nestas empreitadas, seja no Brasil ou em terras de além-mar.

Elsa Rossi, depois de viver por 25 anos no Reino Unido, onde presidiu por 12 anos a federativa espírita britânica, reside na cidade de Curitiba, Paraná.



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