Servir e vir a ser

Amados leitores e leitoras do nosso jornal O Imortal. Nestes últimos meses, tenho tido oportunidades valiosas de ouvir palestras filosóficas, morais, espíritas, que me deixam plenificada de ideias para escrever nossas crônicas de além-mar. Na última reunião do Evangelho com países, reunião essa recorrente por mais de 10 anos ininterruptos, estávamos em poucas pessoas de sete países: Reino Unido, Holanda, França, Japão, Luxemburgo, Suécia e Brasil. É um período de férias de verão e final do ano escolar na Europa.

Mesmo com poucas pessoas, ficamos acalorados em conversação fraterna sobre as leituras dos três livros: O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, Fonte Viva ou Pão Nosso, de Chico Xavier/Emmanuel e, ao final, reflexão sobre uma página do Minutos de Sabedoria, de Carlos Torres Pastorino.

Em dado momento reflexivo, uma das participantes falou do “servir” e o que isso significa, pois a mesma formação de letras, é o “vir-a-ser” de trás para frente. Vir a ser significa transformação para servir bem, entender o processo dessa mudança para melhorar a nossa alma, a nossa intimidade.

Os 60 minutos da reunião passam rápido, e é sempre um reencontro ideal. Na França 10 horas da noite, no Reino Unido às 9 horas da noite, no Brasil às 5 horas da tarde. A oração inicial e final, saem dos sentimentos daquele que conduz os pensamentos.

O vir-a-ser ficou na minha mente. Foi ótimo, pois fui fazendo um exame da minha consciência, para verificar pontos que podem ser melhorados, pontos acomodados, pontos que ainda tenho e me chocam, enfim, sei que não sou perfeita, como nenhum de nós aqui é, mas estamos a caminho da perfeição que almejamos.

Em um dos diálogos, comentamos onde está nosso tesouro está o nosso coração. Aí também, a reflexão sobre os valores materiais e espirituais, entendendo que onde o prato de minha balança da existência pesa mais é sempre necessário fazer ajustes.

Minha netinha de 11 anos é extrovertida, pergunta muito, dá opinião sobre assuntos que ainda desconhece e aceita observações para ajudá-la a colocar-se no prumo dos pensamentos, às vezes muito rápidos, e é nessa hora que a mão angelical do adulto que educa, faz observações e ajuda a criança, adolescente, a pensar no que falou, e ajustar as ideias para melhor. 

Não existe meia verdade. Assim, o nosso amor em prol dos ainda pequenos educandos da vida, a vir-a-ser um espírito que observa a existência, o bom, o belo, o respeitoso, o honesto, e saiba fazer distinções entre uma coisa e outra.  Ao final, o espírito velho, imortal, já tem sua espinha mestra.  O que nós, educadores que somos como pais, avós, estamos ao lado dessa plantinha que requer crescer forte, sem ramificações exageradas, mas focando no Sol de Amor que são os ensinamentos de Jesus, esse compêndio de vida em abundância.

E assim, pensando em sempre poder servir com amor, onde quer que seja, aqui no sul do Brasil, ou em terras de além-mar, vou revisitando meus pensamentos para um vir-a-ser em espírito evolutivo, servindo à existência e a todos ao meu redor, com amor. 

Desanimar? nunca. Prosseguir sempre.

Devagar vamo-nos conhecendo para nos melhorarmos na escala evolutiva. 

A todos, o meu abraço e até o nosso próximo encontro.

Elsa Rossi, depois de viver por 25 anos no Reino Unido, onde presidiu por 12 anos a federativa espírita britânica, reside na cidade de Curitiba, Paraná.



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1 Comentários

  1. Muito boa a sua reflexão, Elsa querida! Deus a abençoe e ilumine seus passos. Gratidão.