Socorro do amor

Tristes os acontecimentos vividos nos últimos dias no Brasil, referentes à morte das crianças em Blumenau e a ataques em escolas, com mortes de professores e alunos. Uma lástima! Pais se deixaram intimidar de tal modo que há agora viaturas policiais na frente das escolas e centros educacionais infantis para proteção.

Que pena ter que chegar a esse ponto! Isso retrata a baixa estatura moral do país. Esse choque emocional turbulento provocou e despertou a reflexão sobre a necessidade da educação dos filhos pelos pais, situação que há muito vem sendo solicitada pelos responsáveis pela instrução na escola, que estão deveras incomodados com a dificuldade que estão vendo dentro dos muros escolares, com violência e desrespeito, que mostra a realidade de cada um e prejudica o próprio aprendizado das crianças e adolescentes, mantendo o Brasil nos últimos lugares do mundo nas avaliações pedagógicas.

As escolas estão-se reunindo com os pais para reforçarem a necessidade dos cuidados e da vigilância com as crianças. Não é só ter o filho e deixá-lo na mão de terceiros. É preciso educar.

Os avós estão pedindo socorro, principalmente as avós, com idade e sobrecarregadas, cuidando dos netos. Seus filhos têm filhos e, muitas vezes, não assumem a responsabilidade. Deixam com as avós quando estas podem ou em instituições, sob cuidados de outros. Terá essa terceira pessoa de instituição a mesma moralidade e o mesmo pensamento dos pais, para tomarem o lugar desses na educação?

Todo esse mal que veio nestes últimos dias serviu para se avaliar e pensar e, quem sabe, melhorar a situação dos espíritos que estão nascendo no Brasil. Precisam de educação de amor e respeito, não apenas de instrução. Há grandes criminosos com diplomas universitários.

Na questão 639 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta se o mal que se comete frequentemente não é o resultado da posição em que nos colocaram os outros homens e, nesse caso, quais são os mais culpáveis?

Os espíritos respondem que o mal recai sobre aquele que lhe é a causa. Assim, o homem que é conduzido ao mal pela posição que lhe deram os seus semelhantes é menos culpado do que aqueles que lhe são a causa, porque cada um carregará a pena, não somente do mal que haja feito, mas do que haja provocado.

A maioria dos adultos e pessoas mais velhas de hoje comenta as dificuldades enfrentadas na infância, principalmente nas escolas. Conseguiram lidar com as contrariedades e perdoar e são pessoas de bem. A educação que ensina o respeito ao próximo e a religiosidade das famílias faziam a diferença.

Há que retornar ao afeto, ao amor, à religião. Ensinar às crianças que há um Deus, que é todo amor, que vela por nós. Orientar as crianças sobre Jesus e suas recomendações de amor ao próximo e de compaixão.

Joanna de Ângelis, em psicografia de Divaldo Pereira Franco, comenta que o amor solucionará todos os nossos problemas, não impedindo que os tenhamos, mas nos ajudando a permanecer em paz com nós mesmos.

Diz ela quer nossa missão na Terra é amar.

Ensinemos.

Exemplifiquemos.



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